A cada novo incêndio, uma lembrança

Mais uma vez, uma ação política capitaneada por Mauri Torres vai deixar João Monlevade à mercê dos incêndios. Ou à mercê do Corpo de Bombeiros de Itabira, que tem muito boa vontade mas não consegue chegar a um bairro de João Monlevade em cinco minutos.

A falta de sensibilidade do parlamentar não me impressiona. Nem deve. O que choca é verificar que, mais uma vez, o governo municipal é instado a dialogar, a negociar, a transigir, a abrir mão. E enquanto isso as ações do grupo político de Mauri vão sempre na contra mão do povo que este mesmo grupo tanto apregoa gostar.

Estou tentando entender: Mauri Torres não precisa demonstrar força política, ela é incontestável na região, por enquanto.

Não precisa marcar posicionamento contrário ao governo municipal atual, já que defende que este mesmo governo não se aguenta nas pernas.

Não precisa criar obstáculos quanto à instalação de uma Unidade do Corpo de Bombeiros por aqui. No mínimo, deveria considerar a preciosidade da vida de qualquer monlevadense, mesmo os que não tem sítios de luxo. O Corpo de Bombeiros é uma necessidade real, reconhecida até por seus subalternos políticos e empresariais.

A certeza que fica, no meu modesto entendimento, é uma só: nossa política é rasa, ruim, fria e incompetente para as coisas mais simples. Para as "complexas", tem sobrado competência de todos os lados.

A todos os estudantes "carentes" que vão receber moradias subsidiadas na UFOP, um pedido sincero: se no meio de uma festa de vocês ocorrer um incêndio na cidade, por favor abaixem o som, em sinal de respeito.

Pobre Monlevade.