quarta-feira, 21 de julho de 2010

Seja bem vindo, assessor de Mauri Torres


Um assessor do deputado está me seguindo no Twitter. Se eu fosse um cretino de carteirinha, iria achar muito chato este acontecimento, e iria dizer que o tuitaço de Marina Silva foi bem melhor.

Não sou cretino de carteirinha. Ambas as realizações de campanha apontam para um destino inexorável da política brasileira. Buscar novos eleitores onde eles estão. As redes sociais surgem como o primeiro porto nesta história.

Não sendo cretino, claro que não posso achar ruim o fato de um assessor cuidar desta área. Imagine os políticos tendo que manter, sozinhos, todo o aparato de tempo necessário para interagir pela rede virtual. Eles deixariam de trabalhar em áreas mais efetivas de sua atuação.

Mas, não importando se Marina, Gustavo, Guilherme, Mauri, Luzia ou qualquer outro quer interagir comigo no Twitter, que isto não seja só um movimento de campanha. Prefiro um movimento de prestação de pequenas contas dos mandatos que possuem, outorgados por gente como eu, e num fluxo consistente ao longo dos anos.

Tenho que parabenizar Mauri Torres pela adoção da ideia. Em seus 60 anos bem vividos, o parlamentar não se fechou ao novo mundo que se abriu à tecnologia e aos novos rumos da comunicação em massa. Na idade dele, muitos outros sessentões estão interagindo é com a TV e com a cadeira de balanço, mesmo.

Fica a sugestão de aprimorar este contato com os eleitores. Não só para Mauri Torres, mas para todos aqueles que aderirem aos novos rumos do mundo da comunicação.

Fica registrado que não vou retribuir a gentileza, como é minha prática em etiqueta virtual, apenas porque o twitter utilizado é o de campanha mesmo, já com o número do candidato registrado no TSE.

Não vou seguir o assessor por um segundo motivo: assessorar não torna ninguém mais importante que o assessorado. Não no meu mundo de lógica e de envolvimento racional com a realidade. Se o cidadão Mauri Torres resolver me seguir com o identificador pessoal, é lógico que irei seguí-lo também.

Porque diferenças não são abismos. São oportunidades para a construção de pontes possíveis.

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