quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Paralelo 38N

Desde 01/01/2009, a posição de Gustavo Prandini mudou, relativamente à sua pessoa pública. Tomando posse, assumiu a condição de telhado e de homem público que seria vigiado de forma crítica e incessante. Nesta condição nova, seria colocada à prova sua têmpera. Gustavo já vinha de experiências prévias e bem sucedidas no papel de pedra, enquanto ser político de oposição.

E oposiçao sistemática é o que lhe aconteceu desde aquela data. Vejam bem, não estou falando de perseguição, o que pode ser facilmente confundido nestas horas. Essa confusão se prende ao fato de que a força da comunicação de massa está há algum tempo sob o manto do Deputado Mauri Torres. Como foi obtida dentro dos parâmetros da liberdade democrática, resta o aprendizado de se conviver com ela.

Analisando friamente, o que o Prefeito poderia fazer para minimizar este incômodo? Ouso dizer que a única atitude sensata seria ignorar os golpes baixos - e os há, de ambos os lados - e centrar todas as forças possíveis na perseguição do seu trabalho maior: devolver à população a confiança demonstrada nas urnas em 2008.

Não tenho receitas para nenhum dos "lados políticos" neste momento. Talvez não tenha para momento algum. Ambos conhecem muito bem a si mesmos e um ao outro. Ambos conhecem suas potencialidades, suas realidades e suas ferramentas, bem como todo este aparato pode ser melhor aproveitado.

Mas uma coisa, pelo menos, devo exigir de ambos: respeitem todos aqueles que se entrincheiraram no paralelo 38 Norte, na Zona Desmilitarizada, e estão apenas observando com muito receio e com muita esperança positiva o que acontece nas bordas de fronteira. Isto se chama civilidade, e é oferecida por muitos dos "desmilitarizados". Não custa nada devolver a gentileza.

A paz possível é a paz que se busca construir, com propósito e determinação. Recebo recados de ambos os lados, e informo que atualmente estou contribuindo para que haja alguma paz. Ignoro os recados. Estou dentro do paralelo 38, onde há pessoas também. Não se esqueçam disso, os dois "lados", porque a alternativa que resta é a do genocídio dos desarmados.

E há muito trabalho a se fazer, para ambos os "lados", que vise realmente a evolução de João Monlevade.

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