Assim pode ser definido o voto proporcional brasileiro. Não é nada fácil explicar a um eleitor porque um candidato pode sair das urnas com 40000 votos e não se eleger para uma Assembléia Legislativa, enquanto outro com 30000 votos diz que vai representar o povo no lugar dele.
Vamos pensar em João Monlevade: ATENÇÃO: ESTE BLOG NÃO FAZ JUÍZO DE VALOR PESSOAL!
Seis candidatos a vereador em 2008 obtiveram mais votos que Dulcinéia Caldeira, pela vontade do eleitorado monlevadense, sem ser eleitos. Significa que, mesmo com o trabalho que ela realiza sendo importantíssimo para a cidade, os eleitores não decidiram essa eleição. O voto proporcional, sim.
Este é só um exemplo, estou lembrando sempre. Se houver interesse, posto depois a "Câmara Municipal do Povo", fictícia por causa do voto proporcional, conforme a população de Monlevade votou para que fosse composta.
O sistema de proporcionalidade, como eu disse, é perverso porque o eleitor sabe em quem está votando. Só não sabe quem estará elegendo. daí não adianta depois cobrar que o eleitor não vigia seus candidatos. Como, se os eleitos não são os que ele escolheu na maioria das vezes?
Para clarear ainda mais, lembrem-se: estamos em uma cidade relativamente pequena, onde as pessoas ainda se conhecem no cotidiano, e por isso fica mais simples o contato com nossos governantes. Fica muito pior nos grandes centros e nas eleições estaduais e federais. Por isso quem votar em Tiririca, lá em São Paulo, vai estar elegendo uma turma de arrepiar os cabelos.
Passou da hora de acabar com mais essa aberração da democracia brasileira.
P.S - Mais uma vez. Não há nada de pessoal na postagem. Convivo muito bem com Dulcinéia, admiro a pessoa e a parlamentar que ela é, além de considerar muito bom o trabalho que realiza. Só utilizei o exemplo porque ela foi eleita com o menor percentual de votos válidos em João Monlevade, em 2008.
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