quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Na estrebaria não se pensa

E por isso mesmo é um local de nenhum conflito e nenhuma evolução prática. João Monlevade é uma enorme estrebaria: quando não são vacas sagradas são asnos convictos, apascentados com brandura enganosa pelas primeiras, que compõem o tecido social que nos envolve..

Eu sou asno convicto. Acredito em me mudar e com isso provocar algum grau de mudança à minha volta. Acredito em pensar e mudar algum grau de pensamento à minha volta. Tenho que acreditar em mim para acreditar na realidade em minha volta. E tentar transformá-la para melhor, de todas as formas possíveis.

Hoje pela manhã fiz um exercício de asnice crônica: fui verificar porque o trânsito que temos, seja na rodovia genocida seja no centro da cidade, é tão caótico. Claro que um dos motivos que encontrei foi narrado aqui mesmo no blog há bem mais de um ano. Mas e daí? Eu sou ninguém. A 381 está me redimindo nesta questão, porque a ação política afirmativa está sendo a de afirmar que aqui, todos somos ninguém.

Voltando ao único ponto que vou mensurar aqui: calculei o percentual de veículos que usam o talão do estacionamento rotativo na Avenida Getúlio Vargas. Fiz uma amostragem aleatória, alternando trechos e sentidos de deslocamento da calçada, alternando veículos mais novos e mais antigos, anotando um e deixando o seguinte sem anotar (para que a amostragem não fosse contaminada pela proximidade entre dois elementos) e utilizei um número razoável de veículos na amostra: foram exatos 70 automóveis verificados.

21 deles estavam com o talão de estacionamento regular. O resto estava mandando uma banana para o sistema. E o sistema de rotativo já existe há um tempinho razoável, jogando pelo espaço a teoria de que aprendemos pela educação pura e simples.

Eu também já disse aqui que educação é uma via de mão dupla: o ser deve possuir a vontade de se educar ou o processo não flui. E burros velhos não aprendem marcha. Humanos velhos aprendem, se forem punidos exemplarmente pelo mau comportamento.

Gente, estacionamento a 50 centavos por hora no ponto comercial mais nobre da cidade é estacionamento para comerciantes e comerciários guardarem seus carros o dia inteiro. Quando são minimamente honestos irão pagar quatro reais por dia. Mas a ganância, a falta de ética, a ausência de entender o que é o bem público e a solidariedade zero atingem 70% deles. Sobram 30% minimamente éticos. Detalhe: ainda assim é estupidez ocupar as vagas, porque os clientes não chegam com a mesma facilidade às lojas.

Soluções existem, mas dependem de uma ação direta que a tal "vontade política" deixou de executar há uns dez anos atrás. Oremos!

Daqui a pouco postarei outra pérola do comércio monlevadense, que está finalmente tirando de mim a vontade de prestigiar a geração de emprego e renda em minha própria cidade.

Um comentário:

Anônimo disse...

As soluções deveriam vir dos políticos, ou quando o povo realmente vestir a camisa da democracia,e isto aqui na terrinha onde o Jeam de Sands Monleva,deixou as botas é muito difícil,veja só o ex.abaixo.
Donde é mesmo que veio o Nobre Pastor? Sabe-se lá! Mas o homem não é brinquedo não! Botou o Luci da Fonseca, funcionário com 28 anos de Câmara, para correr, sem nenhuma explicação plausível, deixando a maioria dos funcionários boquiabertos, pois; o Luci sempre foi um funcionário exemplar. Etá política suja, imunda daqui desta terra.