sábado, 5 de fevereiro de 2011

Papéis de balas e chicletes

Os leitores mais antigos já sabem de cor: sou eu quem lava as roupas em casa, no fim de semana. Faço-o por pura economia, já que não somos uma família milionária. Sequer rica, se formos imaginar que as contas bancárias é que ditam o ritmo da vida.

E durante o ato de lavar as roupas dos meus filhos é que percebo como sou miliardário, um Tio Patinhas tupiniquim. Porque saem dos bolsos de calças jeans e bermudas um bocado de papéis de bala e chiclete. É uma coisa incrível.

Quando comecei a deparar com o fenômeno, fiquei chateado. Como os meus filhos eram ingratos em deixar lixo no bolso para eu catar, além de já estar lavando a roupa!

Mais tarde é que percebi o valor agregado neste ato: os papéis de balas e chicletes estavam ali porque NÃO estavam jogados na rua, na calçada, no jardim de alguém. Nem em algum córrego ou riacho, nascente ou bosque, por menor que fosse. Estavam ali em agradecimento torto à formação que eu e Judith tivemos a felicidade de oferecer para os dois meninos.

Hoje eu me lembro, a cada papel de bala recolhido, daquela máxima: "Deixar um planeta melhor para nossos filhos é bom, deixar filhos melhores para nosso planeta é crucial."

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