quinta-feira, 17 de março de 2011

As duas redações mais relevantes da cidade

Talvez porque eu seja um curioso nato, conheço as duas redações e as duas gráficas mais importantes de João Monlevade: as dos jornais Bom Dia - onde mantenho um espaço até o dia em que Deus quiser e o dono deixar - e A Notícia, onde vou bater papo e ver se cavo um espaço pelo esforço de simpatia.

Sou movido pela ganância. Quero ocupar todos os espaços que forem encontrados vagos de forma serena, respeitosa e meritória. Neste aspecto sou como cada um de todos os homens e mulheres que já conheci na vida. Tenho vontade de crescer.

O que não considero inteligente nem justo é a vontade de crescer a qualquer preço. Alguns preços a dignidade humana impede que paguemos. Ou deveria impedir, no caso específico de alguns homens e mulheres.

Devido à quarentena de opinião em cenários políticos, autoimposta até o segundo semestre, vou me ater ao aspecto material representado por estas duas Instituições: Jornal Bom Dia e Jornal A Notícia. João Monlevade existe como conhecemos porque estas duas Instituições a traduziram para nós, ao longo dos anos. Cada uma delas utilizou uma lente diferenciada, o que não significa uma lente de eixo X contra uma lente de eixo Y para olhar sobre Monlevade.

Significa que as duas, sendo orgânicas e vivas, definiram objetivos e projetos diferenciados, firmaram parcerias diferenciadas, optaram por alianças diferenciadas e alcançaram objetivos diferenciados. Mas significa muito mais.

Significa que elas apararam arestas, somaram tijolos, construíram rumos e mudaram conceitos no correr do tempo monlevadense. E se integraram ao caminho da cidade. Sem elas, a caminhada seria claudicante e, talvez, em marcha a ré.

Que os dois líderes destas Instituições sejam adversários formidáveis, é fator que escapa da minha competência avaliar. Cada um deles é construtor indireto de uma João Monlevade que está aí, para ser construída também por nós.

Tenho o direito de pensar que, sem um dos dois jornais mais importantes da região, João Monlevade perca uma perna. E como a caminhada é interminável, pode se tornar muito mais difícil.

Agora, vamos imaginar a caminhada sem as duas pernas. Quem vai providenciar a cadeira de rodas?

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