terça-feira, 15 de março de 2011

Tática de predador

Marcos Cotta, o amigo que não teve tempo de saborear comigo a amizade, teve em suas mãos parte do destino de João Monlevade. 

Claro que Marcão era uma pessoa muito melhor do que eu. O destino acabou com ele, quando na verdade ele teve a chance de acabar com o destino. Um coração tão grande e tão bacana não teria mesmo como viver neste mundo. Não sem se arrebentar todo no processo. Minha raiva é que ele se arrebentou no processo e o mundo a derrubar continua aí, eliminando outras pessoas dignas.

Terreno de predador não se invade, a menos que seja para eliminá-lo. Tática de predador é afastar-se dos espaços que signifiquem confronto, porque são sangrentos entre estas espécies. 

Tive o prazer de conversar hoje de manhã com o Marcos Martino (a quem vou admirar até o fim dos tempos, gente, não importando as circunstâncias) e pude dialogar a respeito dos animais magníficos e mortíferos que frequentam certos nichos em João Monlevade.

Expus meu ponto de vista. Não se entra no território do tigre para atacá-lo com um bodoque e uns gritos selvagens. Eu recomendo uns quatro rifles e muita munição, e mesmo assim só se for inevitável. O tigre é magnífico demais para que seja eliminado, e a única exceção a esta regra é se o tigre ataca primeiro. Se alguma mãe tiver que chorar nessa situação, que seja a do tigre, no final das contas.

No mais, um tigre se movimenta. E com ele, para o Bem e para o Mal, movimenta-se também o seu território. É muito confortador quando isso acontece sem mortes sangrentas.

Tudo que está dito no post não vale para o predador ferido, e com a barriga exposta. Nesse caso, ele só é mais uma presa, mesmo. E nunca faltam os iguais para comparecer a um banquete de paladar tão fino, não é?

Paz na Terra aos animais magníficos de boa vontade!

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