segunda-feira, 6 de junho de 2011

Alma errada no lugar possível

Volta e meia sou reconhecido por um ex-aluno da década de 90. Passei alguns meses em sala de aula, para adquirir algum traquejo pedagógico e para não ficar desempregado enquanto me desligava da Previdência Social (INSS) para ingressar na Polícia Civil de Minas Gerais.

Nunca digo que estou na profissão errada ou no lugar errado. Isso seria desmerecer o árduo concurso público (quem já o prestou sabe do que estou falando) e os muitos anos de dedicação à causa da Segurança Pública. Aos que perguntam, respondo que a alma está errada, mas no lugar que foi possível encaixá-la.

Tenho alma de professor. Sempre tive, desde pequeno. Motivado pelo amor que minha mãe tinha pelos mestres, sonhava acordado em sala de aula, imaginando a minha pessoa ali na frente, trocando experiências e aplacando a fome de conhecimento.

O mundo se encarrega de aplainar muitos sonhos, apresentando-os à realidade. Mas para mim, ainda existe um carinho especial no ar da Educação. Porque não haveria explicação maior para ser lembrado por ex-alunos, quase vinte anos depois de ter passado rapidamente por salas de aula, que este fascínio pela troca de experiências de vida.

Quando o Brasil enfim acordar para esta situação específica, é garantido que em vinte ou trinta anos o país esteja no topo da qualidade de vida, para os brasileiros e para a justeza das coisas neste mundo. Um povo tão bonito não pode ser escravo de si mesmo e de escolhas equivocadas.

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