segunda-feira, 13 de junho de 2011

Motor novo em carro velho

Eu sou fã declarado do Blog Ugly Dark Side, do companheiraço de vigília José Henriques. O link está ali do lado, mas se você for do tipo meio preguiçoso é só clicar AQUI PARA SER REDIRECIONADO DIRETAMENTE.

Zé Henriques é muito mais macho do que eu. Primeiro por que ele aguenta a pecha de ser oposicionista quando é nada mais que um cidadão de mente esclarecida. Eu, não. Eu sou alguém de mente pouco esclarecida que tenho a pecha de ser cidadão.

Segundo porque ele é mais um que está vendo, com clareza, a falência do Estado naquilo que o Estado tem prerrogativas exclusivas. Fiscalização e ação, por exemplo. Ação significa impedir que os cidadãos de uma comunidade sejam vítimas da natureza humana, que é selvagem por opção de sua maioria.

Aliás, para isso é que o Estado foi criado. Somente para regular nosso relacionamento, e torná-lo um relacionamento entre iguais, na questão da cidadania. E ultimamente o Estado tem se tornado um problema a mais, não uma solução para nossos problemas.

Não imagino como seja possível evitar esta catástrofe sem que haja uma profunda reafirmação do que são as obrigações de Estado. Trocar os governantes, pura e simplesmente, é o que estamos fazendo com regularidade nos últimos 23 anos. 

E tem sido tão efetivo quando colocar motor novo em carro velho. Ganha-se um pequeno sopro de vida inicial, até que a lataria, o câmbio, os pneus e tudo o mais, velhos que são, acabem por tornar o trabalho do motor novo uma porcaria idêntica à do motor velho que "trocamos".

Claro: a cada troca, os custos e despesas ficam por nossa conta. De quatro em quatro anos estamos jogando dinheiro pelo ralo. Sério, dá um sentimento de impotência e raiva nessas horas. Mais do que trocar o motor, precisamos trocar de carro. Talvez por uma bicicleta, quem sabe? O rendimento dos últimos 23 anos não ficou longe do que uma bicicleta velha nos daria.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom dia! Não gostei da desanimada que deu em relação à reforma de carro velho. Falo isso porque meu pai faleceu no ano passado e comecei a reformar o fusca que era dele. Mas estou considerando a reforma como uma diversão e, brincadeiras a parte, vou fazer de tudo para o motor novo funcionar uns 10 anos no carro velho. Abraços! Victor