quinta-feira, 9 de junho de 2011

Um dia após o outro

"...onde pateticamente assistimos ao protesto dos comissionados defendendo com unhas e dentes a proposta da base governista. Os tempos são outros, hoje pelo menos podemos expressar nosso descontentamento sem medo de represálias da chefia..."

Um alerta. Como este espaço não é a Casa da Mãe Joana, aviso que a fração de texto acima está retirada de uma ótima reflexão ali logo em baixo. O fato de ser uma ótima reflexão não diminui o fato de que está dissociada da realidade que conheço. E claro que, fora de seu contexto total, é perigoso utilizar um pedaço de texto como se fosse o todo do raciocínio de seu autor.

Minha pergunta: o que mudou? Algum servidor comissionado ou contratado pode manifestar seu descontentamento sem medo de represálias da chefia? Ou algum servidor efetivo e concursado precisa temer represálias da chefia?

Homens são mecanismos similares. Possuem falhas similares. O que nos diferencia dos demais primatas talvez seja a nossa capacidade - única, diga-se - em "considerar errado não o que se faz, mas quem o faz". Agradeço ao Marcelo Melo pela origem desta frase.

Pateticamente assisto ao protesto dos servidores concursados. Aqueles que, tendo passado por uma certificação mínima de sua qualidade para o trabalho, são os que menos contam na estrutura palanquista que a máquina administrativa da Prefeitura virou. Mas são os únicos com legitimidade para dizer alguma coisa, sem medo de represálias por parte das chefias.

Espero que digam. É muito chato clamar sozinho no deserto de inteligência política que se instalou na cidade. Sem falar no deserto de alma, porque a cúpula deste governo só gosta de pobres na campanha eleitoral. Fora deste período é trabalho de gabinete fechado o tempo todo, porque pobre pode dar alergia, e aí...  

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