terça-feira, 19 de julho de 2011

Apologia do egoísmo

Há um consenso ético em se afirmar que a isenção agrega lucidez às palavras e aos atos de um homem. Portanto, sejamos lúcidos para dar o exemplo.

Um mundo de crises, como muitos já afirmaram, é também um mundo de oportunidades. Administrar sempre se caracterizou pela habilidade em gerenciamento de crises, porque fartura é algo que não se administra: se aproveita com inteligência.

Minha cidade sobrevive há longos anos com a apologia do egoísmo. A teoria do "Grande Salvador" que a cada dois anos, toma de roldão eleitoral o país inteiro, também faz o maior sucesso por estas terras. E causa o maior estrago em nossas vidas, porque não há e nem haverá um Grande Salvador. Não no universo do que é humano.

Vivemos um jundo em que a apologia do egoísmo é aceita universalmente. "O meu e o que é meu é que importa, o resto é detalhe".

Sob essa ótica é que devemos analisar os prismas de nossa involução gradual e certeira. O resto não importa. Sob essa ótica devemos observar os atos de nossos iguais, porque são os nossos mesmos atos e anseios, executados por quem teve a oportunidade de colocá-los em execução.

E sob essa mesma ótica não devemos, em momento algum, contextualizar o "Ditador bonzinho". Ele não existe. Trata-se de um mito tão sólido quanto o da Cuca e o do Saci Pererê.

E nunca é tarde para lembrar. O isolamento traz enfraquecimento, e há muitos lobos no mundo. A apologia do egoísmo requer competência para ser mantida ao longo de 50, 60 anos. Se a competência é para manter-se isolado por um décimo disso, o destino transforma o postulante em memória. Geralmente irrelevante.

P.S - Lobos não sabem discernir entre as diversas carnes. A de ditador bonzinho também gera ótimos bifes.

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