segunda-feira, 25 de julho de 2011

Arcelor Mittal se manifesta - Números...

Prezado Célio, como você comentou o assunto, encaminho a seguir cópia do e-mail que enviamos ao jornal Gazeta Regional e ao O Popular, com o posicionamento da ArcelorMittal sobre o referido assunto: Prezados,



A respeito da matéria “Aumenta o Lixo em Monlevade”, publicada na última sexta-feira, gostaria de fazer um reparo a uma das afirmações feitas pelo Secretário de Serviços Urbanos, Sr. Luiz Pena, segundo a qual o aumento da geração de lixo na cidade poderia, de acordo com a reportagem, ser creditada “à chegada de mais homens para a execução das obras de duplicação da ArcelorMittal”.



É óbvio que não questionamos a informação do aumento na geração de lixo, mas refutamos a vinda de trabalhadores para atuar em nossas obras de ampliação como o fator causador do fenômeno. Para comprovar isso, basta lançar mão de Matemática simples.



Ora, se a geração anterior informada pelo Secretário era de 29 toneladas por dia, basta dividir esse volume por uma população estimada de 73 mil habitantes para concluirmos que a geração média era de 397 gramas por habitante. Para facilitar os cálculos, vamos arredondar esse número para 400 gramas (uma vez que o padrão aceito internacionalmente, para cidades pequenas, é de até 500 gramas).



Se dividirmos as informadas atuais 35 toneladas diárias por 400 gramas, teremos que a população de João Monlevade teria que ser hoje de 87.500 pessoas. Subtraindo desse número a população estimada de 73 mil pessoas, teríamos então que o aumento da população teria que ter sido de 14.500 pessoas. Esse aumento justificaria o acréscimo no volume diário de geração de lixo.



Pois bem. Mas ocorre que o número de empregados adicionais envolvidos nas obras de duplicação da usina está muito abaixo disso. Na verdade, entramos o mês de julho com exatos 2.047 (dois mil e quarenta e sete) empregados trabalhando nessas obras.



Há ainda um outro detalhe, extremamente importante: a grande maioria desses trabalhadores é de João Monlevade e das cidades vizinhas. Apenas cerca de 30% (trinta por cento) desses trabalhadores podem ser considerados “de fora”, ou seja, cerca de 615 pessoas. Tanto é que não há ainda nenhum grande alojamento instalado na cidade, mas apenas casas utilizadas pelas empresas como repúblicas, justamente porque o número de pessoas que vêm de fora é ainda muito pequeno.



Mas apenas como exercício, vamos considerar que sejam 700 os trabalhadores que vieram de fora e se mudaram para João Monlevade. Considerando as mesmas 400 gramas de geração diária de lixo, isso significaria um aumento na geração de lixo de 280 quilos.



Portanto, não podemos concordar em que se atribua às obras de duplicação da ArcelorMittal o aumento na geração diária de lixo na cidade.



Atenciosamente,

João Carlos de Oliveira Guimarães 

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