Conforme prometido (ou ameaçado, depende de quem interpreta) ontem, a Sexta-Feira inicia uma pequena série de artigos no Drops, que vão tratar da coerência. Vamos tentar primeiro delimitá-la:
Coerência s.f. União das diversas partes de um corpo.
P. ext. Ligação, conexão, de um conjunto de idéias ou de fatos, formando um todo lógico.O ponto crucial de nossa análise, para o atual momento de João Monlevade, descarta a existência dela (a coerência) em nossa esfera governamental. Primeiro porque a união das diversas partes não existe neste corpo, e pronto. Os pedaços não dialogam entre si exceto, talvez, para tentar o estelionato reciproco. Quanto um corpo se debate em pequenos golpes contra si mesmo, a sua chance de sobrevivência é muito pequena.
Por extensão, inexiste a conexão de um conjunto de ideias ou de fatos, formando um todo que seja lógico. Defino o atual governo com palavras que Alan Greenspam (Ex presidente do FED americano) tornou eternas: "Trata-se de uma exuberância irracional."
É isso. Nosso governo teima em se mostrar exuberante, de uma forma que muitos de nós consideram irracional. Porque não há a mínima parcela de coerência entre o que é dito que aconteceu e o que nós vimos como aconteceu.
Por ser o primeiro texto de uma série, não vamos nos aprofundar em detalhes. Vamos apenas relembrar um fato. Incoerente, claro, como é de acontecer com nosso governo local.
Trata-se da questão das áreas públicas sob permissão de uso. A Prefeitura Municipal, que é grileira de área que não lhe pertence para fazer funcionar sua sede, tomou dores de paladina da moralidade. Faltou coerência em níveis abissais, porque o ato era correto, porém adotado por quem agia incorretamente em questão idêntica.
Veremos se o terreno onde se situa a sede da Prefeitura Municipal de João Monlevade, que pertence à Caixa Econômica Federal, vai passar pelo mesmo método de retomada que a Prefeitura utilizou anteriormente em relação às áreas públicas do município.
Aí ficará mais simples a gente retomar nossa conversa sobre a coerência, ou a falta dela, no correr de uma vida.
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