sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sal da terra, luz do mundo

"Vocês serão o sal da terra. Perdendo sua força, para que servirão senão para se jogar no chão e serem pisados pelos pés de outros?

Vocês serão a luz do mundo. Perdendo seu lume, de que adiantará se colocarem como o guia dos perdidos de espírito?"

Estas duas perguntas, adaptadas livremente pelo autor do blog, levam qualquer homem a pensar com mais rigor em qual seria o seu papel nas engrenagens da vida. Ser o sal da terra e a luz do mundo fazem de qualquer vida uma responsabilidade grande demais para ser desperdiçada.

Desde que me entendo por pessoa, não tento ser o tempero do mundo inteiro. É uma tarefa grande demais para um espírito pequeno demais como é o meu. Não tento ser a luz que guiará milhares, porque de alguma forma estou tão perdido na escuridão da noite quanto tantos dos meus irmãos.

O que aprendi e me serviu de guia é que sou um pequeno punhado de sal. Posso e devo temperar o pequeno chão que ocupo, e se muitos outros se ocuparem de seus pequenos pedaços de chão o sal cobrirá a terra do mundo inteiro.

O que posso ser é luz de isqueiro. Não importa se a luz seja pequena, se o fluido vai acabar um dia. O que importa é que haja um pouco de luz em minha volta, porque sempre haverá muita escuridão a vencer. Talvez o Criador se envergonhasse muito de mim se eu não tentasse sequer o papel de isqueiro na escuridão.

Posso e devo gastar todo o meu fluido de vida, acreditando que muitos dos meus irmãos também gastarão o deles, para que haja tanto luz quanto escuridão.

Porque nós, irmãos, somos também terra e escuridão. Nos deslocamos na sombra, nos colocamos sob os pés de alguns homens e sobre o corpo de outros tantos homens. Somos o sal e a terra, somos a luz e o mundo escuro.

Tento semear a mim mesmo. Tento ser luz de isqueiro. É só o que posso fazer, mantendo no coração a vontade de que outros façam o mesmo. Preciso de mais sal e de mais luz na minha terra e no meu mundo, como tantos de nossos outros irmãos.

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