segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A cada um a sua dimensão

Enquanto muitas pessoas ainda se perguntam para que, afinal de contas, serviu dar uma sacudida no Legislativo, e para onde vai a cabeça de um só, eu me faço outras perguntas:

- O que irá acontecer quando eu, como deveria ser esperado, iniciar um ciclo de Agendas Positivas? Vou ser execrado por fazer "politicagem"?

- Por que o Legislativo, através de suas vozes sóbrias, permitiria a especulação de que está reagindo a um ato de cidadania isolada? A mim parece óbvio que se um homem só pode emparedar um Poder, este Poder está esquecido de sua própria força institucional, tornando-se quase obsoleto em seus propósitos.

- Por que não apresentar à população monlevadense o real motivo da (agora desejada) redução de cadeiras na Câmara? Eu conheço o motivo e muitos analistas sérios conhecem também. A população é considerada ignorante demais para entendê-los? Posso garantir que, por mim, a população de Monlevade é considerada com muito respeito por sua capacidade de inteligência política.

- Não é hora de voltar os olhos para o maior de nossos problemas, que é um Executivo falastrão e ludibriador, e que sempre foi o alvo indireto da - vamos dizer - "ação bananística"? O alvo direto foi simples de visualizar, mas e o objetivo contido na Agenda Oculta?

- Para onde irão as cabeças coletivas dos atuais personagens públicos, encarregadas de prover uma sociedade em que valha a pena viver, de agora em diante?

Se existe alguma lógica em entender a Política do cotidiano, ela passa pelo ego e pela sobrevivência. Nosso Legislativo está em um momento cambaleante, pronto para aprovar mais uma matéria que só diz respeito ao Governo perdulário e imprevidente a que estamos submetidos, no momento. 

Vamos assistir impávidos ao empobrecimento do município, vendendo parte de nossos bens públicos para consertar uma lambança que não construímos? Onde está a sobrevivência da cidade nessa hora? A sobrevivência do ego de uns poucos não me diz respeito, em absoluto. Quero que sigam seu caminho, mas que tenham a decência de não deixar terra arrasada atrás de suas ações, para que o povo reconstrua com sangue e suor o que não deveria ser destruído.

E, como sempre faço, lembro que gostar da Democracia de dicionário não faz de ninguém um democrata. Quando muito demonstra que recebeu alfabetização e sabe ler. Os que não perceberem esta realidade concreta vão naufragar de qualquer jeito, não importando se o navio terá dez ou quinze botes salva-vidas.

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