sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Além de frouxo é caro


Estou usando um VW Fox com motor 1.0 há quase dois anos. TUDO, ABSOLUTAMENTE TUDO, que é dito a respeito do carro em matéria de faltar fôlego, faltar potência e faltar "coragem" é verdadeiro. O Fox se defende bem no quesito da estética automotiva, é bom deixar claro. Possui ótima visibilidade, um balanço preciso entre firmeza e conforto ao rodar, ótima utilização de espaço interno e um câmbio muito preciso. Mas...

O regime de rotações do motor é uma lástima. Qualquer vacilo e você verá o tacômetro registrar uma queda brusca nas rotações do motor. Não se espante se, em uma pequena subida, o ponteiro despencar de 3.500 para pouco mais de 1000 RPM se você tentar alongar uma marcha. Simplesmente não funciona e o carro literalmente "morre" debaixo de seus pés.

O porta-malas é outro caso de polícia. É o primeiro veículo que merece, de verdade, ser citado como possuidor de porta-pochetes. É o máximo que se pode carregar em bom volume.

Consumo? Também não espere muito. Pesado, o Fox cobra no acelerador aquilo que ele não entrega em curva de torque. E acelerando o tempo inteiro, para manter aquele regime de RPM em uma situação ideal (que só mostra serviço em torno das 3000 rotações por minuto), o consumo fica muito longe de ser positivo.

Preciso experimentar o motor 1.6, para verificar se a diferença é compensadora. No preço, isso significa cerca de 5000 reais a mais. Vale a pena? Num primeiro momento, eu sugeriria o Peugeot 207, com motor 1.4 e lotado de mimos que a VW somente oferece como opcionais na pequena raposa. Sem contar que é bem mais leve e muito mais ágil, provavelmente é muito mais econômico também.

Resumindo: é frouxo e, depois de algum tempo, percebe-se que é caro. Pelo pouco que entrega e pelo muito que é pedido, não se trata de um carro para ser levado a sério na motorização 1000, a menos que a estética seja tudo o que se espera de um veículo para a casa. Sem viagens longas e sem malas para carregar, por favor.

2 comentários:

Marcelo Jardim disse...

Cara, apesar de que, se compararmos o 207 com os outros nacionais ele seja vantajoso, não tenho coragem de recomendá-lo. Foi uma sacanagem esse face-lift que o 206 recebeu. A Peugeot, ao invés de trazer o 207 europeu inteiro, pegou a frete, jogou no 206 e enfiou umas lanternas traseiras toscas. Não adianta, pra mim a frente não conversa com a traseira. Quando eu vejo as fotos do 207 europeu, meu coração dói mais ainda.

CÉLIO LIMA disse...

Ótima intervenção da sua parte, Marcelo. Mas ela cria um problemão para mim, rsrs... Porque o 207 peca mesmo no estilo e design, porém se nós dois chegamos a essa conclusão, muitas outras pessoas podem achar que ele ficou bacana. Estilo é individual demais para eu me arriscar a fazer uma análise. Eu estaria impondo a minha visão pessoal de estilo. O melhor mesmo é a gente refletir nessa mania que toda montadora tem, de entregar produtos defasados a um preço absurdo, porque nós brasileiros somos trouxas o bastante para pagar. O europeu não aceitaria o "206,5" a menos que ele custasse algo como 10000 euros, ou menos ainda...

Mas para o Brasil, descontado o estilo, ainda penso que o Peugeot entrega mais pelo mesmo preço.