No mês passado, quando este blogueiro levou pencas de bananas para a Câmara Municipal, alguma coisa ruiu. Não sei se o apreço, se o respeito democrático puro e simples, se a paciência comigo. Mas ruiu com estrondo e com discursos até duros.
Tenho que rememorar: eu protestava contra um repasse financeiro que não tinha razão de ser nem de existir naquela data. De um lado, o tomador do empréstimo vinha garantindo que suas finanças estavam em boa ordem. de outro lado, o credor do empréstimo dizia que não haveria maiores consequências na transferência financeira pleiteada.
Menos de um mês depois, o tomador do empréstimo ainda não clareou a questão de suas finanças e o novo diretor do DAE (credor) informa que o reajuste de 8,35% nas tarifas de água servirá para recompor a situação financeira da Autarquia, que já não estava boa.
É contra este tipo de incoerência que eu brigo. Não me importa o nome do incoerente, nem seu sexo ou estado civil ou cor de pele ou ideologia partidária. O que me importa é que, naquela época, eu já tentava evitar uma insensatez. O resultado está aí: o pobre, a população que o Governo Federal está tentando levar para um limite acima da linha da dignidade, é que vai pagar a conta daquela manobra.
Valeu a pena, senhores? Eu tenho minhas dúvidas. Detestaria estar no lugar de vocês agora, detestaria estar no lugar dos eleitores no ano que vem. Porque a minha infância foi passada num ambiente em que 8,35% de aumento em insumo básico significava menos leite e menos arroz na minha casa.
Atuar na vida pública, retirando dos pobres para transferir aos ricos, é uma fórmula desumana demais para servir ao que eu acredito. Eu deveria levar para a Câmara Municipal, agora, fantasias de Rowbin Rude. É claro que não farei isso para não ser taxado de "alpinista de mídia". Se bem que a prática monlevadense tem me mostrado que ser taxado não faz mal algum...
Vai um apelo sincero. Chega de bananas. Pelo bem daqueles que não possuem outra Instituição que os proteja, que não seja exatamente o Poder Legislativo.
Um comentário:
Falando em percentagem, esse povo da prefeitura não sabe nem calcular percentagem. Veja no jornal deles a heresia matemática.
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