segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Monlebira ou Ipatinvade, tanto faz

Nenhuma sociedade avança se não recebe as mentes capacitadas para auxiliar neste avanço. Dizer o contrário é fazer apologia xenofóbica, em alguns casos. Em outros, não. Não mesmo.

João Monlevade cede talentos para muitas cidades. É um movimento natural. A cidade recebe talentos de outros municípios. Também é um movimento natural. O que diferencia estas migrações daquela que nós chamamos "forasteirismo" é que elas não acontecem de forma mercenária. Estes talentos fixam residência efetiva e duradoura onde pretendem ser produtivos.

O momento em que acontecem essas migrações também é muito importante, mas difícil de explicar. O que gostaria de deixar claro neste post e neste blog é que os talentos locais só são valorizados, quando servem para dar suporte a projetos nem sempre cidadãos ou republicanos.

Assim, qualquer legião estrangeira vai atrair mesmo olhares reprovadores. Um município é um microcosmo, e nem por isso é um cosmo a ser ignorado solenemente quando se trata de pensar e agir para buscar evolução. A cidade tem talentos para atuar em TODAS  as frentes que se apresentam como de atuação pública firme, honesta e determinada. Resguardadas as competências públicas, claro.

Se não há nanoengenheiros em João Monlevade, é porque não há nanoengenharia sendo desenvolvida aqui. Se não há astronautas em João Monlevade, é porque o Prefeito ainda não inaugurou a Base Espacial da Gente. Se não há biólogos marinhos, é por causa de uma condição insignificante: não temos mar. E há muitos outros exemplos, na mesma linha de raciocínio.

Com todo respeito, e com muita raiva, digo: não precisamos importar talentos aos baldes. Não quando deixamos de enxergar os talentos existentes debaixo do nosso nariz, validados duplamente por conhecerem a realidade do nosso microcosmo.

Com muito mais qualidade do que todos os que, daqui a um ano e pouco, estarão fazendo as malas e cuspindo no prato de onde comeram.

P.S - Toda regra possui exceções. O nosso problema começa quando as exceções são forjadas para virar regra.

2 comentários:

Anônimo disse...

monletinga

Anônimo disse...

Isso mesmo Célio, parabéns pelo belo texto, e entre esses folgados que pensam que somos todos otários tem gente pensando em sair pra vereador.