sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pão de raiva

Eu aproveito o dia de hoje para esclarecer algo simples: não tenho ódio. O ódio é assemelhado antagônico do amor e isso já catalisa outra análise: a de que só pode existir contra o que é importante. O que carrego comigo é fúria controlada.

O brasileiro nunca teve muita vocação para a fúria. Ele é manso, é bom selvagem. Desde a casa grande e a senzala, poucos se aventuraram a liberar sua fúria nos momentos exatos. Quase todos que fizeram isso, entretanto, mudaram a história do país.

Precisamos mesmo é de fúria, porque o resto só nos trouxe até aqui. Para avançar mais, precisamos comer o pão de raiva. Raiva criativa, indignação que sai do sofá, atitude que acontece na rua. O mundo não muda na mansidão exagerada.

Nenhum comentário: