terça-feira, 4 de outubro de 2011

Desolação

Quanto mais eu observo alguns comportamentos em nossa cidade, mais eu me decepciono com nossa condição humana. Somos totalmente despreparados para entender os limites. Os limites da razão, os limites da liberdade, os limites da decência.

Parece que cada um de nós tem seu torrão público em particular, e que a cidade nada mais seria que a somatória destes retalhos. E não é assim que uma sociedade se mantém saudável. Ela precisa ser vista como um todo indivisível, mesmo que administrado em pequenos lotes de responsabilidade.

Todos os dias, vejo comportamentos que se assemelham muito mais aos dos bichos (pela irracionalidade) que aos comportamentos de pessoas de bem. Tudo que deveria ser público é considerado consumível, descartável, individual pelo tempo de aproveitamento de cada um.

E há muito tempo não vejo um único gestor público se aventurar no resgate desta propriedade universalizada, pelo medo de não conseguir manter ou reocupar sua boquinha politiqueira. Nossos políticos possuem em comum apenas uma coisa: um cagaço enorme, uma falta de hombridade consigo mesmos, um despreparo para a liderança que machuca. Aos outros, é claro.

É fato: as mulheres paraguaias devem ter mais direito de usar calças que muitos homens aqui no Brasil.

Um comentário:

Marcelinho disse...

Caro Amigo Célio,
postei um comentário no Blog do Amigo Fernando Garcia, e gostaria de reproduzi-lo neste comentário, por eu achar pertinente e dentro da linha de raciocínio de seu post.
"creio ser um erro ter o partido como "paixão", como a única bandeira, defendê-lo à todo e qualquer custo. Temos que ter a cidade, os cidadãos, independente de ideologia política. Temos que aprender e a usar o potencial político para o bem da cidade e seus habitantes, sendo estes nativos ou imigrantes.
Não fique triste. O partido não é a solução. É apenas um meio.
Os homens, bons homens, são a solução.
E se tiver que realizar um projeto, basta força de vontade e vontade política.
Parafraseando e adaptando: creio nos homens que criam partidos, mas não nos partidos que criam homens."
Obrigado e abraços (extensivo aos filhos)