Eu sempre gostei deles desde criança. Só o direito de sair correndo pelas enxurradas já valia quase todo o dinheiro do mundo! Hoje minha relação com a chuva é mais madura, porque a gente (mesmo sem querer) envelhece.
A paixão vira amor, respeito, carinho e preocupação. A chuva continua sendo "arroz e feijão caindo do céu" como antigamente. Mas também significa que as casas de muitos irão descer pelas encostas, que vários pais e irmãos e mães e irmãs ficarão em alguma ribanceira de estrada...
Enfim, parece que a chuva também madureceu e se revoltou de alguma forma. Não dá para condená-la, porque se existe uma raça que empesteia o planeta é a nossa. Nós estamos deslocados aqui. Somos nós que não fazemos parte natural dessas paisagens lindas que o mundo ainda tem.
O mais certo a fazer, então, é agradecer os dias de chuva por eles existirem sem depender de nós. Se dependessem disso, talvez eles nem fossem o anúncio dos dias de sol que ainda virão.
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