terça-feira, 11 de outubro de 2011

Essa nossa liberdade

Há quem diga que a única liberdade que eu defendo, a de escolher, é fictícia também. Que nossas escolhas são ditadas pelo mundo externo. Que todos somos gado para o abate, mesmo tentando recuar na esteira do matadouro.

Essa é uma visão que não me anima. Acredito na escolha não como uma liberdade universal e onipotente. Nenhuma liberdade humana se configura desse jeito. Nossa vida social é marcada pelo desapego de alguma liberdade individual, para garantir as escolhas dos outros. Nisso reside nossa grandeza.

As escolhas que fazemos são as que podemos fazer. Aí, somos verdadeiramente livres. Permitir que essas escolhas mínimas sejam esbulhadas por outra pessoa é permitir que sejamos reduzidos ao que não é humano. Cada um deve escolher se quer este destino ou não.

E essa nossa liberdade não tem como ser tomada à força.

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