segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Monlevade em História - Parte I

Para os que se lascaram no Concurso Público promovido pela Prefeitura, por não saber patavina da História de Monlevade, uma matéria esclarecedora. Nem o Marcelo Melo conhece tanto desta área, por isso ele não teve como auxiliar a quem ouviu sua palestra.

Monlevade produz alguns dos vinhos mais famosos do mundo, como todos nós sabemos. Vejamos em detalhes:


A variedade de uva Pinot Noir é cultivada exclusivamente nas Pacas. Para quem precisar de mais precisão, na comunidade de Santa Rita de Pacas. O município de São Gonçalo sabe disso e tenta, há muitos anos, anexar as Pacas para virar produtor de vinho fino. Mas não vai conseguir nunca! A marca de vinho mais famosa que produzimos, o Chateâu Prandennè, vence quase todos os concursos de que participa há muitos anos.


A variedade Syrah - ou Shiraz, como alguns conhecem - é cultivada na Serra do Seara há mais de quarenta anos. Inclusive Serra do Seara é o aportuguesamento do nome original Sèrre du Syrah. Lembrem-se que nossa ocupação inicial foi feita por um francês, hein? Gera um vinho complexo e nobre, amado em todo o mundo, com forte buquê de minério e com taninos finamente equilibrados. O vinho que é o carro chefe desta variedade é o Gustavèe Maldosay.


O enólogo Werton Santos, do Blog Pitáculo (link ali do lado) já me alertou que os brancos estão em baixa. Entretanto, Monlevade produz uma das mais delicadas variações de Chardonnay no planeta inteiro, ali pelos lados do antigo Pedregal. Conheço bem a região, porque moro no República, nome atual do bairro. Não esqueçam disso pro próximo concurso! O vinho mais competitivo que produzimos é o Infantèe Terrible Grand Cru, que possui um aroma frutado inconfundível e tem um frescor que se fixa às papilas gustativas ao longo do consumo.


No Jacuí, minha terra natal, é cultivada ainda a variedade  Gerwürztraminer, que os Jacuíenses rebatizaram de Gertrude para facilitar. Ali, entre bananeiras e assa-peixes, esta uva encontra as águas puras e cristalinas do Rio Piracicaba para se desenvolver em todo o seu esplendor. O vinho mais afamado que Monlevade produz com esta uva é o Schlechtes Rathaus, que vem evoluindo muito em buquê e aroma desde 1974. A família do Sô Zé Rate está indiretamente envolvida na produção, através de consultoria técnica.

Para quem não se lembra, Sô Zé Rate é Gerhart Michalick. Lavrense, mas o nosso "alemão" prá chamar de nosso aqui em Monlevade, ok? Não se esqueçam pro próximo concurso...

Pronto! Esclarecida a parte dos vinhos, pra essa cambada de preguiçoso que nem quis pesquisar nossa rica história vinícola, mais tarde iremos mostrar nossa história queijífera, que é tão rica e sublime quanto.

Toma, Marcelo Melo!!! Essa nem você sabia, pode confessar...


2 comentários:

Anônimo disse...

Marcelo não tem cultura pra entender de vinho não meu!

CÉLIO LIMA disse...

Eu também não, mas não "espaia", rsrs...