Ali na Rua Evangelista, pertinho da Prefeitura e da Igreja Arca, a bola de plástico tinha valor imenso. Pelo menos em 180 dias do ano ela brilhava soberana entre a molecada. Valia acertar os petardos com tudo: Kichute, Conga, Bamba, Motoca ou dedão do pé, mesmo.
Valia acertar as janelas e depois vender picolé até cair de costas, pra pagar o prejuízo. Raros foram os vizinhos que não tiveram seus cacos de janela devidamente ressarcidos. E somente quando perdoavam de coração o chutaço do pereba responsável pela lambança.
A bola Dente de Leite nos ensinou que as coisas tinham mesmo um preço. O que fizemos com ela nos mostrou que muitas coisas tinham é valor. Um valor imenso e que nada pode substituir nessa vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário