Os momentos de uma campanha eleitoral são sempre históricos. Para as boas coisas e para as nem tanto. Em 2008, Gustavo Prandini prometeu regularizar o fornecimento de cestas básicas por parte da Prefeitura, sob o correto argumento de que a fome é regular como o Big Ben.
E parávamos para pensar o quão cruel é alguém aguardar um ajuntamento de gêneres alimentícios por até dois meses. Como era possível? Particularmente sou contra o assistencialismo como moeda eleitoral, mas algum assistencialismo é indispensável num país desigual como o nosso.
Logo, é de se imaginar que estivéssemos muito gratificados com essa promessa de campanha em potencial: incluir as frutas, legumes e verduras na cesta básica seria uma atitude política muito avançada. Incluir o leite e a carne já parecia irreal demais, por isso não levei a sério. Mas muita gente levou a sério, como sabemos hoje. Pessoas sonham a sério, como os políticos ainda vão aprender um dia.
Bom, o tempo passou. Aquele rumo não era o meu, entrei para o seleto grupo dos descartáveis por inutilidade (e sou um dos poucos a reconhecer o direito de quem me julgou descartável, por ser inútil) e hoje não posso deixar de lembrar uma coisa.
A cesta básica pode não ter entrado no ciclo regular, mês a mês. Pode não conter frutas nem verduras. nem leite, nem carne. Nem pão. Mas um legume a cidade de João Monlevade tem que admitir que está recebendo todo mês, em doses bem generosas, por parte do Governo Municipal. Ei-lo em seu esplendor!
Um comentário:
Bonitas assim? Duvido, só se forem bichadas!
Postar um comentário