quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Trânsito não é só questão de governo

Tomara que seja só comigo. Minha taxa pessoal de sucesso em atravessar uma faixa de pedestres em João Monlevade é de apenas 30% de motoristas conscientes e 70% de idiotas que não sabem respeitar o valor de uma vida.

Isso mesmo: de cada 10 veículos que se aproximam de uma faixa de pedestres, apenas 3 fazem a obrigatória e necessária parada para que a segurança de todos seja garantida. É rídícula e assustadora essa situação. Não há crítica a governo algum que seja justa nestes momentos, porque a educação interior não depende de governabilidade. Depende de vergonha na cara e de respeito à vida alheia.

Quem acompanhou a matéria no Jornal A Notícia, em que apontei pontos de resolução da estrutura e engenharia de tráfego que possuímos, sabe que algumas de nossas faixas de pedestre estão colocadas erroneamente. Elas não formam uma Zona de Segurança de Tráfego, que visa eliminar do cruzamento de vias  a possibilidade do choque entre veículos. Eis algo para o governo municipal corrigir com urgência, sem dúvida.

Mas existem muitas faixas de pedestre colocadas corretamente. e estas, somente a decência de cada condutor pode fazer funcionar. Nosso problema adicional é que estamos perdendo a decência das coisas, e neste caso só a fiscalização rigorosa e multas pesadas iriam criar a educação que não manifestamos por vontade espontânea.

Para os dementes que não sabem o que significa aquela pintura branca sobre a pista, uma dica: ela significa a diferença entre a integridade física e uma tragédia familiar, que pode acontecer inclusive com nossa família. Pensar nisso não é só cidadania: é obrigação de quem é humano.

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