quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A vida que depende da morte de outro

(Colaboração com imagem: Pedro Paulo via e-mail)

A natureza também é bela e triste. Para nossa inteligência limitada, ela pode parecer implacável. Mas sabe o que está errado - errado demais - na fotografia? Não é a fome do abutre. É a criança que ele espera devorar, quando estiver morta de fome. A natureza não colocou o pequeno ser humano neste cenário.

A humanidade não deu certo. Podemos nos acomodar com essa ideia ou podemos buscar caminhos. Eu optei por buscar um caminho individual, porque não consigo mover outros seres humanos. Até porque, nessa altura da minha curta e ignorante vida, já não sei mais reconhecer o que é a verdadeira humanidade de alma.

Assim movo-me só, e em outras direções. Nem menino faminto nem abutre ansioso. Que cada um busque a sua e vamos torcer para que a maioria escolha uma direção correta, justa e humana. No sentido positivo do termo "humano".

Um comentário:

Marcos Martino disse...

Pois é. Mas trazendo para nossa realidade, o que dizer daqueles que exploram os dramas dos acidentados na BR 381? Lucram oficinas, farmácias, seguradoras, guinchos, reboques, políticos, DNIT e sei lá mais quem. O Diabo dá gargalhadas.