segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Sou abençoado

Eu conheço uma João Monlevade diferente. Ela possui moradores (e portanto cidadãos monlevadenses) que se pensam e que pensam os rumos. Não vou falar em melhores rumos ou rumos novos. São diferentes, e isso já é saúde social bastante para que eu me sinta abençoado em conhecê-los.

Mas o que leva estas pessoas a não tentar colocar seus talentos a serviço do município, na vida pública? Quanto mais eu peço a quase todos que se coloquem na esfera da atuação pública (e portanto na vida político-partidária), mais eu escuto respostas que são coerentes e dignas. E são quase sempre negativas.

O que fizemos da vida político-partidária no Brasil é um mistério que a ciência sociológica deveria estudar a fundo. Conseguimos transformar um dos pilares da Democracia - a participação popular qualificada - num amontoado de experiências ou mal intencionadas ou mal administradas.

É o clássico erro que traz em si mesmo uma esperança infundada de acerto futuro. O que começa errado não tem como dar certo, porque os seres humanos possuem um ego imenso e não acreditam em correção de rotas. No universo político esta falha é ainda mais acentuada.

Vou continuar abençoado por conhecer e conviver com tantas pessoas iluminadas. Vou continuar tentando convencê-las de que vale a pena viver a vida pública, para o progresso de muitos outros cidadãos monlevadenses em suas vidas privadas.

Um dia, quem sabe? Pode ser que estejamos todos abençoados com dirigentes de ótima qualificação pessoal e coletiva.

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