segunda-feira, 23 de abril de 2012

O fim de um paladino

Hoje vou, finalmente, emitir minha opinião sobre o senador Demóstenes Torres. Ele acaba de comprar sua passagem só de ida para o rol dos escroques da nação. De forma merecida, diga-se de passagem.

Normalmente não me ocupo de assuntos nacionais. A grande mídia está aí para isso mesmo. Porém é necessário lembrar que este caso interessa ao Brasil inteiro. Não pela punição que poderá advir daí - a qual eu duvido - mas porque o fato comprova mais uma das afirmações da Bola de Cristal do Drops: todo paladino é errado no nascimento. 

Um povo não precisa de paladinos nascidos da preguiça deste mesmo povo. Eles já nascem contaminados por esta mesma preguiça e falta de caráter. Um povo não deve nem precisar de heróis. A única concessão que faço é que, precisando legitimamente deles (devido à enorme desigualdade social que pode ser o motor dessa necessidade), surja um herói verdadeiro, e não um velhaco de plantão.

O Brasil ainda está longe de ser o lugar que pune exemplarmente os adeptos do Mal absoluto. Mas está caminhando e vai chegar neste ponto de maturidade. Até lá, devo lembrar aos velhacos de plantão que Demóstenes está acompanhado de políticos de todas as legendas.

Culpa dos velhacos? Não, culpa dos partidos políticos que não tem pejo em abrigá-los e não tem pulso para botá-los para fora quando é necessário.

Um comentário:

Marcos Martino disse...

Hoje ouvi o Boechat pela manhã e ele falou uma coisa terrível. Ele fez a seguinte pergunta: Qual a CPI realizada no Brasil que legou algum graúdo pra cadeia? Nenhuma. Vão fazer mais uma pra não acontecer nada. Aliás, o Mensalão só pegou o Marcos Valério pra Cristo. Não vamos dizer que ele seja um santo, mas virou o Lucifer da vez, o Judas, vudu dos deputados. Agora temos o Cachoeira, o Demóstenes ( embora que nome dele começa com DEMO). Quase sempre os heróis ou vão pra forca, pra guilhotina ou para o triturador da mídia.