Se existem motivos para críticas ao Governo Municipal, e são muitos, existem também os motivos para elogiar. Sei disso porque não sou hipócrita. O que me move na direção das críticas é que, entre os anos de 2008 e de 2011 (mais precisamente até o dia 07/04/2011 conforme o atestado ético do Blog) o que este espaço fez foi estar alinhado com o que poderia ser um novo rumo na política monlevadense.
Esta expectativa afundou como um Titanic por motivos alheios à minha capacidade de ação. Daí, os elogios que eram muito mais frequentes para críticas muito raras, transformaram-se em críticas muito frequentes com elogios muito raros.
Ninguém deve ser hipócrita. A explicação é simples: um aliado não abandona. Um aliado não enfia o pé na bunda de seus companheiros e nem pula fora do barco ao primeiro buraco no casco. O que um verdadeiro aliado faz é tentar fechar os buracos no casco. Mas neste Governo, conforme percebemos tardiamente, o barco não era nosso. O que ficaria para os muitos abnegados era o trabalho de tapar buracos.
E quero lembrar um nome: Marcos André Cotta. Um dos aliados que efetivamente pôs sua cara para bater, defendendo com atitude e não apenas com palavras bonitas. Ele nos deixou em 14/02/2011 e seu legado não poderia ser assumido por mais ninguém, daí minha curiosidade em saber como seria se ele estivesse entre nós. Provavelmente estaria sendo esmagado dentro das engrenagens do sistema, enquanto defenderia com dedicação este sistema perverso.
Espero muito que a atitude do Marcão esteja recebendo o devido reconhecimento, por agora e para o futuro, a quem tanto deve a ele. Mas não creio muito nisso, por motivos particulares que não cabe expor no Blog.
Gustavo Prandini pode ser criticado por muitas coisas. Eu faço isso regularmente há um ano, mas tenho que reconhecer que ele é um guerreiro. Desde 2001 coloca seu nome à apreciação dos eleitores e cidadãos de João Monlevade. Conhece como ninguém os jogos políticos de atração e abandono, de trair e ser traído, de usar o pé direito ou a popa esquerda quando o assunto é chute político.
O que me espanta é ver o quanto ele valoriza a quem já o chutou, a quem o está chutando e a quem o chutará em breve, enquanto muita gente valorosa (que chegou a querer amputar a perna para não chutá-lo jamais) foi sendo demolida no caminho de 2008 até agora. É um mistério para o qual, infelizmente, não tenho qualquer resposta plausível.
Fica registrado o elogio à capacidade do Gustavo em fortalecer e participar do processo democrático com tanta dedicação, desde o longínquo ano de 2001. O mais é julgamento da história e uma leitura em muitos textos antigos do Drops de Sanidade irá apresentar quase um Raio X do que ele está vivenciando.
O processo eleitoral de 2012 está uma bagunça. Ninguém afirmou isso ainda, com essa conotação depreciativa. Estou inaugurando a seara. Há muitos nomes e toneladas de incerteza, o que pode levar a população a sair, de novo, perdedora no final dele.
Porque ela precisaria de um gestor, um gerentão local, um recuperador de construções abaladas. Não vejo outra saída para Monlevade no momento. Infelizmente não vejo este nome se apresentar de forma definitiva, também. O jeito é continuar aguardando porque, como quase todo mundo, sou só platéia.
Mas o nome de Gustavo Prandini deveria constar do processo. Ele deve isso a si mesmo e ao seu histórico de batalhas eleitorais, desde 2001. A Democracia agradece a chance. Respeitando o seu histórico de engrandecer o debate e o combate eleitoral, espero vê-lo muito e bem acompanhado. Eu ficaria frustrado se Gustavo se fritasse sozinho agora, vítima de pés direitos ingratos. E conhecidos.
Um comentário:
Tudo bem, meu nobre; Gustavo Prandini tem o direito, e até mesmo o dever de buscar o aval do povo nas urnas, conquistar as eleições municipais 2012, e prosseguir com seu planejamento (?) administrativo, a fim de que haja produzido algo em prol desta cidade. Por que até agora não fez efetivamente nada que afete positivamente o viver desta comunidade.
Mesmo os trabalhos em abstecimento e sanemamento, ainda são parcos, ante ao crescimento da cidade. Outros exemplos não tenho, por que sua relevância, a meu ver, é tão pequena quanto aos demais monlevadenses.
Contudo, mesmo com o grande prejuízo que virá a este município, nova política de governo, o natural retrocesso que virá, ao se "desconstruir" os demandos deste atual governo, continuarei estudando os nomes do "mercado", até que possa optar por alguém que demonstre menos insensatez para com a coisa pública e o público...
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