segunda-feira, 6 de abril de 2009

381 Cap. Final - Esperanças de menos

Fui atropelado na conclusão desta série pelo Sr. Márcio Passos, que acabou de sugerir o que eu faria neste capítulo final: que os municípios do entorno na Calha Norte da 381 confeccionassem caixões rudimentares e cruzes brancas, alocando-os ao longo de toda a malha crítica (BH a Bela Vista de Minas, podendo chegar até a Ipatinga dependendo da campanha vingar ou não).

Ao final da campanha, esta madeira poderia ser doada para quem precisa, de forma a evitar o desperdício e a agressão ambiental inevitável.

O que importa é: sem uma mobilização jamais vista entre os interessados, a estrada continuará a ser nada mais que um estorvo em nossas vidas, representanbdo sempre a possibilidade matemática de uma morte idiota e sem propósitos maiores a amenizá-la. Justificá-la nunca, para o bem de meu caráter perante os leitores.

Outro ponto a considerar: a tibieza moral, natural de políticos quando o assunto é delicado, pode ser um entrave enorme a ser contornado. Porque políticos, por definição, tendem a manter os olhos no gato, no peixe e na sardinha ao mesmo tempo. Não podem perder a empatia do eleitorado, não tem como se afastar do poderio econômico que lhes sustente as campanhas e não sabem trilhar caminhos novos por temer o risco da evolução.

É por isso que (na maioria das vezes) tendem a comer o gato, deixar a sardinha escapar e mandar a brasa quente para as nossas mãos.

Chega de bolhas. Chega de desorganização em nossa cidadania. Ou continuaremos a ver pessoas morrerem como moscas, diante de nossos olhos.

Nâo sou louco ao ponto de imaginar que este espaço fará diferença. Nunca faz se o movimento conta com poucos agentes de discussão e ações concretas. Também não posso esgotar a temática sozinho, é lógico que muitas outras cabeças tem contribuições fundamentais a dar. Mas, como tudo nesta vida, algo começa pelo começo. Ou não tem chances reais de começar.

Um abraço a todos. Espero ter ajudado com algo de bom ou de útil.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom dia,
Gostei mesmo da sugestão do Passos de colocar vários "out-doors" com a imagem da ministra Dilma e com frases de efeito, aptas a produzir um pequeno desgaste político. Com a proximidade das eleições presidenciais, pode ser que aconteça uma reviravolta. Mas acho improvável. Você percebeu que, depois da eclosão dessa crise mundial, ninguém mais fala em PAC?