terça-feira, 29 de setembro de 2009

Quem multa?

Acompanho, com ceticismo cada vez maior, esta pergunta que não cala na voz dos "motoristas" de nosso Brasil.

Somos todos cretinos, todos perversos. Só nos distingue a cara-de-madeira velha, carcomida por carunchos diversos, com que bradamos contra a "Indústria das Multas" que o Estado nos impinge.

Não que o Estado brasileiro - enquanto ente de poder, entenda-se - seja justo ou eficiente. Muito pelo contrário, é ruim de doer. Mas daí a considerar que nossas infrações de trânsito são perdoáveis, ou sempre inexistentes, ou direito inalienável de ir e vir de quem paga impostos, é nivelar por baixo.

Definir o agente capacitado a gerar uma notificação de infração de trânsito é simples: basta ter maioridade penal, para responder por algum crime eventualmente cometido no exercício desta função. E entender minimamente de legislação de trânsito, ou pelo menos mais que os Zé Ruelas que infestam as ruas com seus carros. Normalmente estacionados nas calçadas públicas, na contra mão, onde é proibido, onde a segurança fica comprometida. Ou trafegando pela contra mão, ou fazendo conversões vedadas, ou "fechando" literalmente ruas e avenidas inteiras, etc, etc, etc. Simples, como se vê, capacitar uma pessoa para a atividade.

Cobramos do Estado tudo que ele deveria fazer e não faz. Isto é cidadania. Mas não aceitamos cobranças pelo que deveríamos fazer, e não fazemos. Isto é hipocrisia. Pelo menos, no meu entendimento, é.

Ô povinho...

Nenhum comentário: