"Mais dia, menos dia, surge a inevitável solução para melhorar a comunicação entre funcionários, entre a Instituição e o Público-Alvo, entre o ambiente interno e o externo de qualquer organização. A ideia é aparentemente simples e correta, mas... será que dá mesmo certo?"
NA PRÁTICA - Dissecando os componentes do Jornal Institucional
1 - Mensagem do Manda-chuva: (se houver) - nenhuma declaração importante ou estratégica vai ser colocada aqui, já que o jornal pode cair em mãos erradas. Logo, só haverá o óbvio - que tudo vai muito bem, os resultados estão excelentes, o ambiente de trabalho está saudável como nunca e que "juntos venceremos".
2 - Longa explanação de um diretor ou gerente qualquer (quando há) - Explicando como sua área funciona. Já no segundo parágrafo descobre-se que o fulano (ou fulana) está tentando provar que sua área é mais importante do que o pessoal das outras áreas pensa. Isto já detona o "tudo vai bem, os resultados estão excelentes, o ambiente de trabalho está saudável como nunca e juntos venceremos" que estava logo ali na Palavra do Chefão... Claro, com sorte o texto vai ser só monótono, cansativo e incapaz de ser entendido por alguém de fora da organização.
3 - Se o Jornal Interno for daqueles ruins de doer - e a maioria é - virão fotografias de confraternização. Servem para descobrir quem saiu mal arrumado na foto e quem vai virar motivo de piadas durante a semana seguinte à circulação do jornal.
Se nada disso deveria sair em um Jornal Institucional, o que diabos colocar no bicho? A verdade? Vejamos: defasagem salarial, excesso de trabalho, número reduzido de funcionários em algumas áreas e um cabidão de emprego em outras, falta de projetos gerenciais sólidos... Mas quem iria bancar um Jornal assim? Ninguém.
Então, o investimento em um Jornal Institucional traz duas opções: ou não melhora nada ou piora tudo um pouco, condicionado a quanto de verdade estará embutido nele. Qualquer gestor ou estrategista de quinta categoria sabe o que fazer quando se depara com um "investimento" desses...
Solução? Sempre há. Inclusive uma, muito antiga, que está abandonada nas Instituições modernas. Funcionários conversarem uns com os outros, para haver comunicação interna. E a organização aprender a conversar com seu público-alvo, para haver comunicação externa. Seja individualmente (o que às vezes é impraticável) seja através de representantes-alfa.
Jamais deixará de haver porosidade em comunicação real (seja esta porosidade positiva ou negativa). Já a comunicação idealizada costuma produzir aberrações, como a projeção de uma imagem totalmente diferente da que se propunha transmitir no início.
Resumindo: se o seu cachorro não dá conta de latir para cada ladrão que invade sua casa, se você está furioso com ele por causa disso, não compre mais cachorros. Isto só vai aumentar sua raiva. Pense em melhorar os muros. Simplifique.
NA PRÁTICA - Dissecando os componentes do Jornal Institucional
1 - Mensagem do Manda-chuva: (se houver) - nenhuma declaração importante ou estratégica vai ser colocada aqui, já que o jornal pode cair em mãos erradas. Logo, só haverá o óbvio - que tudo vai muito bem, os resultados estão excelentes, o ambiente de trabalho está saudável como nunca e que "juntos venceremos".
2 - Longa explanação de um diretor ou gerente qualquer (quando há) - Explicando como sua área funciona. Já no segundo parágrafo descobre-se que o fulano (ou fulana) está tentando provar que sua área é mais importante do que o pessoal das outras áreas pensa. Isto já detona o "tudo vai bem, os resultados estão excelentes, o ambiente de trabalho está saudável como nunca e juntos venceremos" que estava logo ali na Palavra do Chefão... Claro, com sorte o texto vai ser só monótono, cansativo e incapaz de ser entendido por alguém de fora da organização.
3 - Se o Jornal Interno for daqueles ruins de doer - e a maioria é - virão fotografias de confraternização. Servem para descobrir quem saiu mal arrumado na foto e quem vai virar motivo de piadas durante a semana seguinte à circulação do jornal.
Se nada disso deveria sair em um Jornal Institucional, o que diabos colocar no bicho? A verdade? Vejamos: defasagem salarial, excesso de trabalho, número reduzido de funcionários em algumas áreas e um cabidão de emprego em outras, falta de projetos gerenciais sólidos... Mas quem iria bancar um Jornal assim? Ninguém.
Então, o investimento em um Jornal Institucional traz duas opções: ou não melhora nada ou piora tudo um pouco, condicionado a quanto de verdade estará embutido nele. Qualquer gestor ou estrategista de quinta categoria sabe o que fazer quando se depara com um "investimento" desses...
Solução? Sempre há. Inclusive uma, muito antiga, que está abandonada nas Instituições modernas. Funcionários conversarem uns com os outros, para haver comunicação interna. E a organização aprender a conversar com seu público-alvo, para haver comunicação externa. Seja individualmente (o que às vezes é impraticável) seja através de representantes-alfa.
Jamais deixará de haver porosidade em comunicação real (seja esta porosidade positiva ou negativa). Já a comunicação idealizada costuma produzir aberrações, como a projeção de uma imagem totalmente diferente da que se propunha transmitir no início.
Resumindo: se o seu cachorro não dá conta de latir para cada ladrão que invade sua casa, se você está furioso com ele por causa disso, não compre mais cachorros. Isto só vai aumentar sua raiva. Pense em melhorar os muros. Simplifique.
Nenhum comentário:
Postar um comentário