quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A última sobre caças supersônicos

Aqui e também Aqui Luiz Inácio da Silva mostra como sua pessoa pública se apequenou ao longo da estadia no poder. Ora, ele é o PT atual. Portanto, o PT atual vai deixar esta cara e esta marca para o Brasil, também. Ao lado de tantos acertos, tantos erros.

Um político que desautoriza seus técnicos passa uma imagem terrível. A de que, em qualquer circunstância, a formação teórica é inútil. NÃO É!!! Um técnico é o produto final da Educação de um país, o pilar estrutural que move as nações para a evolução e para o progresso.

Quando um político despreza os técnicos, despreza por extensão lógica a Educação. Talvez seja este o maior erro de Luiz Inácio da Silva. Que ele pague por este erro futuramente, não está em minhas mãos a decisão. Mas que o Brasil pague em poucos anos por este erro, é algo inadmissível.

Aqueles bilhões também saíram do meu bolso. Pelo menos uma pequena fração deles. O mínimo que eu espero é que sirvam para gerar outros bilhões no futuro, de forma a que governos precisem menos do meu dinheiro para fazer o seu trabalho.

Que um governo utilize os bilhões de forma idiota, nada fazendo para amenizar a tungada futura no meu bolso, é um indicativo mais do que suficiente para eu desejar outras ideias, outros métodos, e outras mãos a operar a máquina. Um dia nós acertaremos na escolha.

Porque, desta vez e de novo, parece que a escolha será pelo "quanto pior, melhor".

Agenda Oculta? Lula não entende de aviões. Mas entende de exercer o poder de forma autoritária, tendo passado uma vida a combater esta prática abominável. Vão-se as nuvens. mas o céu continua, e nele nossas esperanças continuam.

8 comentários:

Anônimo disse...

Célio, o que nenhuma empresa da mídia brasileira disse e que tem de ser divulgado sobre a opção pelos caças franceses Dassault Rafalle é o seguinte:
1 - A Mídia nacional divulgou que a Aeronáutica afirmou que os caças suecos SAAB GRIPEN seriam a melhor opção de compra, mas "esqueceram" de divulgar que a tecnologia embarcada do SAAB é de patente NORTE-AMERICANA que não permite transferência de tecnologia;
2 - A opção pelos caças Dassault Rafalle é em virtude da irrestrita transferência de tecnologia para o Brasil e porque permite uma configuração para operação em porta-aviões, situação que o SAAB Gripen NÃO possui opção.
3 - O Brasil já possui com a França uma aliança estratégica na construção de 03 submarinos e é importante aumentarmos a aliança na área de aviação, pois já construímos diversos modelos de helicópteros Franceses em Itajubá/MG.

Sds.
Alexandre

Anônimo disse...

Mais algumas considerações sobre os caças....

O Gripen NG é o mais barato, mas não passa de uma evolução do modelo anterior e que não tinha um bom desempenho. Além disso, vários dos seus componentes importantes como motor e SOFTWARE são americanos o que poderia dificultar a transferência de tecnologia. Parece que o radar ainda esta em fase de estudos.
Até agora, não foi produzido sequer um protótipo para que possa ser testado de fato.
O Super Hornet americano já tem a sua eficiência comprovada mas sua aquisição esbarra na pouca oferta de transferência de tecnologia. A Boing só recebeu uma autorização do Congresso para apresentar uma proposta, no caso de compra, terá que ser submetida novamente ao Congresso.
O Rafalle francês nunca participou de combates reais, mas em testes, superou os aviões americanos por larga margem. Um Rafalle, "destruiu' cinco F-18, antes mesmo que os radares dos aviões americanos o detectassem.
Sua grande desvantagem é o seu alto custo de compra e de manutenção.
Como, o Brasil já tem experiência com os franceses, já que opera com os Mirage a décadas e ainda tem a negociação da compra de submarinos, construção da base para um submarino nuclear, tecnologia para construção dos cascos, etc, pode ser que para o Brasil seja mais interessante estrategicamente, fazer o negócio com os franceses.Não podemos nos esquecer que essa compra é de 36 aviões, mas o projeto da FAB envolve a substituição de 120 aviões, que já estão obsoletos. Todos os F-5 da FAB passaram por um processo de modernização, mas a sua concepção é antiga.
Uma compra dessa envergadura, que envolve bilhões de dólares e nosso projeto para os próximos 30 anos, não pode ficar apenas na questão do preço, é uma decisão estratégica e principalmente política.
Com tanto dinheiro envolvido, não se pode negar que existe uma briga de bastidores, com subornos, corrupção, notícias e comentários plantados na Mídia, etc, tudo para favorecer ou denegrir esse ou aquele concorrente.

Alexandre

CÉLIO LIMA disse...

Alexandre, vamos por partes. Primeiro, supremacia aérea não se obtém com nenhum deles. Esta praia seria ocupada pelos SU-35 Flanker, F-22 Raptor, S-35 Berkut e S-37 Berkut (este não operando embarcado, precisa de adptações caras demais).

Depois, a transferência de tecnologia norte-americana já não é bicho de sete cabeças, em relação ao Brasil. Eles são comerciantes. O preconceito só permanece na relação brasileira para lá. Toda a tecnologia embarcada do JAS-39 pode, "em tese", ser passível de transferência.

Ou não teríamos recebido autorização do Congresso Americano para adquirir os FA/18 Super Hornet (ou mesmo o caríssimo F-22 Raptor, se fosse uma opção para o mercado brasileiro).

Não existe irrestrita transferência de tecnologia em armamento sofisticado, em nenhum lugar do mundo. Tanto é que ainda não fabricamos um helicóptero militar nacional, o que não pode ser creditado à pouca qualidade de nossa indústria.

Se a França não autorizou a transferência no caso dos helicópteros, não o fará no caso do Rafale. Simples questão de economia capitalista fundamentada.

Para operar no único e obsoleto porta-aviões de nossa Marinha, O São Paulo, mesmo o Rafale terá de sofrer algum dowsizing (ou "pioramento") senão esta hipótese não ocorrerá.

Este foi o principal motivo, aliás, para que os superbos caças SU-35 Flanker fossem desclassificados na concorrência do FX-2. O São Paulo simplesmente não dava conta de recebê-los e obter o desempenho máximo...

O que resta? O desejo de Luiz Inácio em comprar Rafale. Ele não conhece de aviões e afirma que a Aeronáutica não conhece também.

A transferência de tecnologia é exigência da licitação. Quem não a ofereceu em algum grau foi desclassificado. Quem se classificou, por dedução, ofereceu.

A Aeronáutica quer um avião mais versátil, mais moderno, mais barato, mais eficiente em operações de terra.

A França oferece o único diferencial da operação embarcada (que não vamos poder utilizar em 100% de eficiência). Então, porque comprar caro o que se pode comprar barato?

Não creio que Lula seja o demônio. Claro que não é. Mas também não creio no que o PT está tentando fazer: transformar-se no anjo salvador contra o inferno que havia aqui. Se havia um inferno, ficou menos quente. Mas não desapareceu.

Comprar-se-á Rafale, não porque seja melhor agora. É porque Lula quer. Este tipo de decisão, embora de direito dele, mostra que Lula ainda não é estadista, só um político muito bom.

Um abraço e obrigado pela participação.

CÉLIO LIMA disse...

A propósito, desculpe pela lacuna no tocante aos submarinos. É uma área que desconheço completamente, e não iria à Wikipédia virar especialista para esta ocasião. Prefiro confessar minha ignorância e desculpar-me por ela, ok?

Um abraço!

Anônimo disse...

Na minha segunda postagem faço uma pequena análise dos 3 aviões selecionados, ressaltando que o congresso americano apenas deu autorização para a Boeing participar da concorrência, necessitando ainda de autorização para a venda. Concordo com você que o caça ideal para o tamanho do território brasileiro seria o russo SU-35BM, pela sua excelente agilidade em voo e capacidade de voo adequada para nossa extenção territorial. Sou um aficcionado pela aviação e, como você também não sei detalhes sobre os submarinos.

Alexandre

Anônimo disse...

Conforme descrito no sitio da Helibras, a gama de produtos militares são de 10 modelos, sendo que se fabrica o Panther, o Cougar e NH 90. Três modelos de tecnologia francesa e construídos em Minas Gerais.

Alexandre

CÉLIO LIMA disse...

De memória, só conheço o Super Cougar - 225 civil e 725 militar - baseados no modelo matriz Caracal, que a Eurocopter produz na Europa. Alías, a Eurocopter é dona da Helibrás, sendo que só 30% do capital da empresa é nacionalizado. Portanto, falar em transferência de tecnologia aqui é um pouco arriscado.

Vejo que você tem real interesse em aviação militar, parabéns pela iniciativa. O gosto pelo conhecimento não deve ser, jamais, menosprezado.

Alías, este era um eixo central do tópico, lembra? A Educação como pilar estrutural de um povo, a partir de um assunto secundário (a compra de caças).

Fico muito grato pela participação aqui, obrigado. Tentarei corresponder às expectativas, na medida do possível.

Um abraço.

Anônimo disse...

A escolha dos caças é, essencialmente, política. Mesmo o relatório, supostamente, técnico emitido pela FAB é político. A FAB desqualificou a aeronave francesa, como resposta política ao fato de haver um movimento dentro do Governo, almejando a possibilidade de se instalar uma caça às bruxas da ditadura militar. Outro fato político que pesa é o interesse da França em ver um panorama militar mais equilibrado entre os hemisférios e, por tanto, menos hegemônico em relação aos EUA. Considerando ainda que o posta aviões São Paulo é de fabricação francesa e , portanto, de tecnologia francesa, não me parece equivocada a escolha do governo brasileiro. Sem falar na transferência da tecnologia que interessa muito à industria aeroespacial nacional. Nenhum país vende ou compra armamento, fundamentando-se apenas na técnica. Não se vê, por exemplo, o Iran, nas feiras militares, comprar armamento Israelense, por mais adequadamente técnico que seja a proposta. Ótimo debate.
Fernando Fonseca Garcia