segunda-feira, 29 de março de 2010

Se não tem nome, não tem alma


O Drops de Sanidade não insulta a inteligência de ninguém. E o faz por um princípio simples: quer sobreviver à custa do seu nome e de sua alma. Assim, não há como fazer qualquer manifestação favorável a coisa alguma que não possua um nome, uma cara exposta ao vento.

O único anonimato tolerado aqui é o anonimato que não comete crimes e que não agride sem razão.

Logo, toda e qualquer outra forma de anonimato tem o meu repúdio amplo, geral, irrestrito. Não importa o quanto isso vá ferir os amigos, reais ou imaginados por mim.

Ainda há pouco tomei posse de um exemplar de um panfleto denominado "A verdade". Ninguém se responsabiliza pela autoria do panfleto. Não há indicativo da gráfica de onde saiu. Nem da tiragem total. Nem de onde saíram os recursos para sua impressão e distribuição.

Digo sempre que sou ninguém. Logo, minha opinião pode não contar para merda nenhuma. Mas minha opinião é de que não se podem misturar eixos importantes da nossa vida. Se combato o crime, não pode ser com outros crimes. Se combato erros, não pode ser cometendo os mesmos erros.

Afirmei, há pouco tempo, que Gustavo Prandini e Wilson Bastieri teriam que fazer escolhas duras e amargas, no curto prazo. Há um pouco mais de tempo, afirmei que o Prefeito não tinha amigos, e perceberia isso logo. Parece que a hora chegou muito mais cedo do que a Bola de Cristal do Drops havia vaticinado.

"A Verdade" não pode ter saído da cabeça de Gustavo Prandini e Wilson Bastieri. Eu me recuso a acreditar nisso, pelo pouco que conheço dos dois. E pelo muito que conheço do mundo que cerca a política (e que ainda é muito pouco), penso que está sendo decretada a morte política deles.

Porque, em, política de nível, anonimato não tem vez nem voz. Defender o contrário é desferir um golpe certeiro no coração da Democracia.

A verdade que circunda o grupo político de Mauri Torres tem tanto valor para mim quanto uma nota de três. O que está me deixando muito triste é que agora surgiu uma nota de sete, para apresentar o contraponto.

E com isso eu não concordo nem aqui nem em qualquer lugar, nem agora nem nunca.

Tem que haver limites para algumas coisas. Sou um cão de guerra, não um predador das sombras, nem uma ave de rapina noturna. Tenho caráter e nada pode tirar isto de mim.

Um alerta: à exceção da falta de autoria no panfleto, com a qual discordo completamente, não mudo minhas convicções porque o vento muda. Mas neste diapasão ficará difícil encontrar motivos que me inspirem para a batalha.

João Monlevade terá que evoluir, mais cedo ou mais tarde. Minha terra não merece certas coisas. Nem as que eram cometidas antes, nem as que se desenham para ser cometidas agora.

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