terça-feira, 9 de março de 2010

Uma possibilidade curiosa


O futuro político de João Monlevade pode reservar uma curiosidade tremenda: esta é uma análise primária, por favor não confundam com projeção de minha parte.

Imaginemos que Gustavo Prandini venha a ser cassado pela Justiça Eleitoral em instância definitiva. Ele teria, como consequencia natural da ação, que conviver com a declaração de inelegibilidade por alguns anos. Provavelmente estaria inelegível em 2012, data das próximas eleições.

Por motivos de absoluto pavor da minha parte - estou morrendo de medo de citar nomes agora (buuuhh!!!) - o principal nome de oposição para as eleições, neste caso, ficaria comprometido. Possivelmente porque estará inelegível em 2012, também. Caso contrário, pule de dez.

Assumiria o médico Railton Franklin, com pouco espaço de manobra política real no grupo que atualmente o abriga. Muito provavelmente seria um mandato tampão, apenas para preparar o terreno de um nome mais palatável ao deputado Mauri Torres.

Não que Railton Franklin possa ser julgado um nome politicamente fraco. Pelo contrário, milita na área há muito tempo para conhecer os meandros e caminhos destas águas. Mas é um novo convertido, não nasceu neste ninho e não deve ter a simpatia ampla que seria requerida, para pleitear em nome próprio uma eventual reeleição.

Sua melhor chance seria a de cimentar o próprio caminho, na balbúrdia da administração diária, de uma cidade de bom tamanho e de muitos problemas não resolvidos, ao longo dos anos.

Como poderiam, então ficar os nomes para 2012? Que liderança genuinamente natural poderia emergir para aproveitar este vácuo, hipoteticamente falando? Num primeiro instante, surgem na minha cabeça os nomes de Lucien Marques, Guilherme Nasser e Belmar Diniz, mas todos ainda carecem de bagagem política mais musculosa. Todos teriam que acelerar muito suas agendas atuais.

Na esteira desta abertura política forçada pelas circunstâncias, poderíamos observar um precedente único e raro: um franco atirador, um azarão completo, alguma oportunidade virtual de eleição.

Este é um exercício de palpite puro, claro. Jamais me arvoraria em analista deste naipe, minha interlocução é nula. Mas que seria interessante observar os movimentos das ondas, nestas águas políticas de Monlevade, ah, isso seria.

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