quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Desobediência civil


Seria possível, às populações envolvidas, impetrar uma ação judicial que permitisse aplicar todos os impostos pagos nos municípios margeados pela 381, na reforma da pista e sem intermediação do Estado?

Se este fato fosse possível, em três tempos a rodovia seria "humanizada". Não é possível que estejamos já há dois anos malhando ferro frio, enquanto as mortes vão se acumulando como bosta de pombo em estátua de político. Não que haja grande diferença entre a bosta de pombo e o que vai por baixo dela, nestes casos...

Eis porque sou contra a nossa subserviência e a nossa fé irrestrita em governos. Como não canso de acreditar, governos não fazem parte de soluções, mas frequentemente fazem parte dos problemas. Se não houver ação imediata à uma causa tão grave, até a obediência civil se torna uma nova forma de escravidão.

E até que a primeira máquina seja colocada na pista da BR 381, quantos de nós irão morrer?

Um comentário:

Marcelinho disse...

Caro Amigo Célio,
toda forma de obediência civil impetrada por políticos/governos sem compromissos sociais é uma forma de escravidão, e a estamos vivendo.
Lembro dos "caras pintadas", mobilizados para a retirada de um político que não serviu à nação de forma democrática.
Sinto falta deles, nestes momentos, mesmo em se tratando de um problema, digamos, regionalizado - a parte problemática da BR 381 está em Minas Gerais - os "caras pintadas poderiam mobilizar a opinião pública, mostrando todos os males, os políticos que nada fizeram, e por aí afora.
Mahatma Gandhi, somente conseguiu a independência da Índia através da Satiagraha (força da verdade através da desobediência civil) e da Ahimsa (sem violência).
Podemos e devemos usá-las, aqui, pois, somos um povo, digamos, pacífico, o que já facilita a Ahimsa.
Somente falta aplicar a Satiagraha.
O problema é nosso.
NÃO SABEMOS VOTAR!
SATIAGRAHA JÁ!
Mas, até lá, vamos que vamos subindo a montanha.
ABRAÇOS.