quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Transporte coletivo por empresa pública


Já demonstrei aqui mesmo no Drops de Sanidade que o município joga dinheiro fora - literalmente - terceirizando a coleta de lixo domiciliar e comercial (coleta de resíduos sólidos). Talvez seja o caso de um hábil consultor da área verificar se o mesmo não ocorreria com o transporte público de passageiros.

Não se trata de questionar as empresas que já prestaram o serviço aqui na cidade. Não possuo qualquer dado concreto para formar uma opinião lúcida, neste momento. Mas a gestão de dinheiros públicos não é tarefa para empirismos, o que significa que todo centavo público deveria - em tese - ser aplicado onde houvesse sempre o menor investimento para o máximo benefício.

Porque, se nosso dinheiro privado pode ser aplicado em luxo e conforto, com o dinheiro público esta máxima não prevalece. Ele só pode ser investido se o olhar do gestor estiver firmemente focado nos ganhos de eficiência. O que significa que ele deve buscar a máxima qualidade possível, com o mínimo preço possível, e ignorar luxo e conforto em detrimento da funcionalidade correta e digna dos serviços que se propõe oferecer.

Porque o dinheiro privado pode ser gasto com um alvo dirigido. O dinheiro público, não. Entre as opções de atender a muitos com qualidade ou a poucos com conforto e luxo, políticos sensatos não precisam de qualquer assessoria para tomar suas decisões.

Fico imaginando se existe a possibilidade - aterradora - de que João Monlevade tenha jogado milhões de reais janela afora, ao longo dos últimos vinte anos. Talvez esse fator explique como, ao visitar algumas outras cidades de mesmo porte e de estrutura bem melhor, mas com arrecadação semelhante, tenhamos a sensação de que mudamos até de país.


Um comentário:

Marcelinho disse...

Caro Amigo Célio,
em países onde há Democracia Plena, e os cidadãos são respeitados, os governos, em todos os seus níveis (federal, estadual e municipal) preocupam, quase que exclusivamente, com:
EDUCAÇÃO,
SAÚDE,
e TRANSPORTE.
Ainda estamos longe, mas, como diz nosso amigo José Henriques:
"Vamos que vamos, subindo a montanha".
Abraços.