terça-feira, 5 de abril de 2011

Alerta Máximo Contra a Intolerância

Esta a Bola de Cristal não pode, não deve, está proibida de acertar. Apelo para todos, sem exceção, que possuam alguma influência na cidade. Amanhã, João Monlevade poderá estar com um problema sem soluções nas mãos. Trata-se de manifestação popular programada para acontecer na Câmara Municipal, devido aos últimos acontecimentos de cunho religioso que ocorreram na cidade.

Acreditem em mim. Não há controle sobre multidões. Esta é uma lenda que perdura por muitos anos e deveria ser extirpada do nosso conhecimento comum. Multidões são, por natureza, incontroláveis. O inconsciente coletivo não possui freios nem reservas.

Outro detalhe grotesco a considerar é que, juntando-se mais de cem pessoas, sempre haverá um fanático ou um agitador entre elas. Isto é fato. O que a massa popular fará é reflexo do fanatismo ou do agitamento inconsequentes que se propuserem ser feitos nesta hora.

Multidão enlouquecida pode ser assunto para filmes de holywood. Para a vida real, não existe aparato de segurança que possa controlar uma, sem causar ainda mais estragos. Não há em João Monlevade uma logística que permita manter a segurança pública em ordem diante de uma reunião que tem contornos de confronto, mesmo que seja ideológico.

Será que alguém vai se lembrar de que são todos pais, mães, irmãos e filhos, amanhã? Será que alguém vai se lembrar da dignidade das pessoas, se a multidão ficar sem controle? A integridade física de todos terá como ser preservada? São perguntas que deveriam estar sendo feitas, com respostas sendo dadas, pelos estadistas que deveríamos possuir em João Monlevade.

Mas o que vejo é o contrário: é o alimento do monstro em formação, sendo feito por gente que não tem o intelecto nem a sensibilidade para entender que o monstro, depois de solto, vai atropelar a tudo e todos no seu caminho.

Imploro de novo: alguém deve tomar uma iniciativa agora, enquanto ainda há tempo, para evitar uma tragédia possível. O papel ridículo vai acontecer de qualquer jeito, e esse aí eu não me interesso. Mas se ocorrer uma tragédia, garanto a todos vocês que vou até o fim do inferno para buscar a punição dos responsáveis por esta loucura, disfarçada de ato democrático.

Não me façam ter nojo de ser humano. Não façam a cidade ter nojo de si mesma, depois de amanhã.

2 comentários:

Manthis disse...

Faço suas as minhas palavras. Contra a "Urbe", não existe "Orbi", se não existir um mínimo de bom senso.
Dias difíceis estes.
Abraços

Anônimo disse...

O mais importante é que Deus esteja sempre abençoando nossa cidade. Católicos e evangélicos verão que para que isso aconteça é indiferente que haja ou não haja um crucifixo na parede da câmara.