terça-feira, 26 de abril de 2011

Plante e colherás

Observo que os analistas mais lúcidos estão aguardando o funcionamento do acesso público à internet, providenciado pela PMJM, para emitir seus elogios. Eu me adiantei e já fiz o meu, por um motivo muito simples: se funcionar, elogio de novo. Se não funcionar, terei mais legitimidade para criticar a iniciativa.

Que os colegas analistas me perdoem, mas a oportunidade é única. Deve-se ignorar todo o bom senso nessa hora, porque é impossível saber quando virá algum outro acerto desta envergadura. Que governos comemorem compra de carros, compra de tratores e caminhões, compra de ambulâncias, etc. já é ridículo o bastante para eu não comentar coisa alguma. Vejam bem: eu disse governos (no geral).

É como eu querer ser parabenizado por conseguir pagar as contas do mês, que eu mesmo faço existirem para ser pagas. Eu, hein? Com uma diferença: sou eu mesmo quem irá pagar minhas contas. Quanto à Administração atual, a instransparência me leva a acreditar que essas faturas ficam para o Abreu. Se ele não pagar, nem eu...

É a colheita de tudo que se vem plantando com gosto, há muito tempo. Se os frutos estão azedos e mirrados, a culpa não há de ser da terra. Vem da qualidade das sementes e da qualidade de cuidados que a plantação recebeu. O que plantamos é o que colhemos.

Então, meu povo, a hora de elogiar é agora. E esquecer todo o resto. Confiança é pressuposto de cegueira e falta de questionamentos. Licitações? Origem de equipamentos? Rubricas orçamentárias? Saldo financeiro? Empresas envolvidas? Valores a pagar?  DEIXA CAIR!

Depois a gente faz uma parada reflexiva e tenta obter essas respostas. A hora é de elogiar, porque as chances são tão raras que não sabemos se haverá outra ainda neste ano.

Um comentário:

Manthis disse...

Célio,
É um belo fato, sem dúvidas. Se as minhas previsões e análises estiverem tendendo ao pessimismo, só posso estar ciente que vou assumir e reconhecer. A iniciativa é boa, mas não vi como a prefeitura vai pagar esta conta.
Sou cético, infelizmente. Mas vamos subindo a montanha. Quem sabe o sinal não melhora?