terça-feira, 3 de maio de 2011

16,3 milhões de miseráveis



O número assusta, e provavelmente está correto. O Brasil ainda está longe de erradicar a miséria. Quanto à pobreza eu não me animo em afirmar prazo algum, porque ela é fruto mais de escolha de vida do que de destino. Mas a miséria é absoluta e inadiável é o combate à mesma.

Então, algumas perguntas: Trem Bala? Copa do Mundo? Olimpíada? Que fique registrado: outros governos passaram e também relevaram a miséria a um segundo plano. Mas o que me preocupa não é o tempo que já se perdeu. É o tempo que ainda dá para recuperar.

Outros números também assustam, como a carga de impostos que pagamos. 40% de tudo o que recebemos vai para alimentar governos. É uma taxa desumana de tão alta. E entra ano, sai ano, nosso barco não avança para lugar algum.

Neste universo político brasileiro, duas coisas assustam demais: a intransparência e o hábito de confundir o patrimônio público como coisa privada e particular. Enquanto essas duas enfermidades forem toleradas por nós, cidadãos de boa índole, vai haver este Brasil vergonhoso dando as caras para o mundo.

E, analisando com muito cuidado, nosso desleixo político nos transforma em quase 200 milhões de miseráveis.

Um comentário:

Marcelinho disse...

Caro Amigo Célio,
este é o preço que teremos que pagar por governos populistas como o que tivemos por 8 anos.
E quanto aos políticos, não estaremos aqui para vermos o comprometimento deles como o homem e com o social.
E quanto ao Homos Toscus Grosseirus acrescentaria subespécies à este gênero.
Por exemplo: idiotaus.
Mas, enquanto as coisas acontecem e quase nada ou nada pode-se fazer, vamos que vamos, puxando carrocinha e subindo e descendo morrinhos.