sexta-feira, 6 de maio de 2011

Tá, vou fazer a minha parte


Mas o ato de bater palmas para tudo, de forma plastificada e artificial, não vai alterar realidades. Sei das palmas merecidas e pratico, quando a ocasião também merece. É que os momentos dignos de aplauso genuíno são raros como diamantes, há muito tempo, em João Monlevade. Falo em longo prazo, coisa de 12 a 15 anos de caminhada em direção à nossa história passada.

E sei que elas (as boas caminhadas e as palmas) são importantes para a autoestima e para o bem estar. Mas quem conhece as entranhas não precisa se embasbacar com o físico exterior. Um indivíduo pleno não se exime de suas entranhas. Elas são imunes à maquiagem. Existem por si mesmas, incultas e belas do seu jeito verdadeiro.

Eu não peço palmas para ninguém. Não as mereço e tenho consciência disso. Espero que os meus iguais tenham consciência disso também. Atenderei a qualquer um que me peça as palmas de entusiasmo. Mas saberei discernir sempre, com o coração e com o caráter, os que são reais merecedores delas.


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