segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Cutucada fundamental


Este é um momento para refletir. A amiga blogueira Eliane Araújo passou por uma experiência muito negativa no fim de semana. Não se trata de defender porque é a Eliane que toca no assunto. Trata-se de voltar os olhos para o passado, para não passarmos vergonha no futuro.

O direito de um filho nascer em João Monlevade, se seus pais são residentes e construtores da sociedade de João Monlevade, não é negociável. Há pessoas que acreditam que as fronteiras são apenas mentais: tanto faz o filho nascer aqui, em Araraquara ou em Capelinha. basta que seja registrado aqui para ser monlevadense de nascimento.

Eu não aceito esta teoria. Até por razões culturais existe uma perda enorme quando os filhos de uma cidade não podem nascer nela. Sem contar que o risco de um deslocamento pela BR 381 não pode jamais ser descartado. Este risco aumenta demais se considerarmos o transporte de uma parturiente.

Para os que acreditam e se engalfinham num bate-boca miúdo - que os muito espertalhões rebatizaram de debate político - sobre o que público e privado e sobre quem investe o que em atendimento hospitalar em João Monlevade, fica o alerta: há limites para o quanto o povo seja bobo.

Uma hora esta correnteza de incapacidade em transpor barreiras pseudo-ideológicas vira tsunami. E aí, pouco importa a cor partidária ou a carinha de anjo de A ou B. Todo mundo vai tragado pela mesma onda de destruição.

Se isso resultar em cabeças novas para gerir a cidade, com razão e com técnica, mesmo assim o preço que teremos pago será alto demais. Monlevadenses devem nascer em João Monlevade, e pronto. Não precisa desenhar para os caras entenderem.

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