Pronto... Hoje é dia de eu pegar a pecha de "capacho direitista juramentado", já que não vai ser lembrado aqui que eu não morro de amores pelo Eike Batista e nem pela família dele. Bom, quem sai na chuva vai se molhar, né?
Vamos lá. Não estou entendendo o linchamento ético do filho do Eike. Acho meio cedo torná-lo culpado porque ele corre o risco de matar pessoas, no trânsito, à bordo da McLaren Mercedes SLR. Muita gente faz isso à bordo de Chevette, Monza, Variant, Belina, Escort, Gol e Uno. Muita gente enche os cornos de pinga e vai dirigir. Liga o celular e vai mandando torpedo enquanto dirige. E como ficamos?
O filho do bilionário é mais culpado porque o pai é bilionário? A família roubou toda aquela grana? Não sabemos e se não provamos, melhor calar a boca. O sistema que permite ao moleque burlar a lei das pontuações está aí, para quase todos. O Brasil é incompetente para todo mundo, e não só para os muito ricos.
O filho do Eike precisa sustentar a família do morto? Não, porque o Eike paga imposto como todos nós. Quem tem que sustentar a família do rapaz que faleceu, se ele era contribuinte de impostos, é o Estado. Cabe ao filho do bilionário ressarcir a bicicleta. Faz parte da boa técnica jurídica.
Não me subestimem a pouca inteligência, por favor. Já disse que para haver uma análise de julgamento moral teremos que aguardar o julgamento técnico. Mas o julgamento ético o Eike e o filho boyzinho do Eike já tomaram no lombo: são dois filhos de Satã, dirigindo Mercedes só para matar pobre e não tomarem cadeia.
Sabem quantas pessoas matam no trânsito, todo dia no Brasil, sem jamais pegarem cadeia?
P.S - Sou totalmente contra o assassino de trânsito, devidamente comprovada sua culpa ou seu dolo, não passar pela devida punição (de cadeia ou de prestação de serviços, cada caso à sua medida justa). E ponto final.
Um comentário:
O filho de Eike Batista dirigia um carro que atinge 300km por hora. Isso não queria dizer nada se o condutor do veículo não tivesse um histórico de multas por excesso de velocidade, atingindo 50 pontos na carteira. Em qualquer país sério, esse jovem seria preso em flagrante, fosse filho de quem fosse. Prova da culpa é que a família já não é encontrada mais. Devem estar usufruíndo o dinheiro usado como calaboca, pois tratam-se de pessoas pobres, cujas carências facilmente podem ser supridas por um bilionário.
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