Para cumprir o prazo que solicitei à AMEPI, terei que abrir mão de pesquisar mais profundamente. O material é vasto demais - e neste ponto devo elogiar a transparência do DNIT/PRF e seus respectivos Ministérios, às seguradoras e Associações diversas voltadas ao trânsito, Agências reguladoras e mais uma série de Instituições que divulgam os dados.
Vai uma ressalva: o Ministério da Saúde ainda não atingiu este grau de transparência, o que aliado à minha pouca habilidade nesta área específica vai tornar o documento uma ferramenta menos potente do que poderia ser. Não há números confiáveis para a quantidade de óbitos ocorridos na estrada, a caminho de hospitais e dentro dos mesmos.
Até depois do óbito hospitalar ou comprovado no caminho, a informação é insegura para ser utilizada com responsabilidade: os hospitais declaram causas de óbitos como "Politraumatismo", "Traumatismo Crânio-Encefálico", "choque hipovolêmico por traumatismo interno" e alguns outros diagnósticos que poderiam se encaixar perfeitamente no estudo técnico.
Bastaria ser informado o agente causador: BR 381.
Vou ter que interromper os estudos autônomos não por falta de vontade de ajudar, mas porque tenho que fazer a transcrição dos elementos técnicos puros, para a linguagem que nossos Prefeitos da região precisam dominar bem quando puderem ser ouvidos. É algo que tomará ainda bastante tempo, o que lamentavelmente não tenho sobrando neste volume necessário.
Só posso indicar os caminhos, por enquanto.
Hoje à tarde ou, no mais tardar, Segunda-feira pela manhã, entregarei na AMEPI 11 cópias do trabalho realizado. Prontifico-me a explanar detalhadamente o dossiê aos Prefeitos e suas Assessorias, nos horários livres de que ainda disponho (e são poucos, infelizmente) caso seja necessário.
E mais um passinho miúdo estará dado. Ainda bem que toda grande caminhada começa com passinhos miúdos.
4 comentários:
Célio, se precisar de algo, disponha.
Abraços.
Marcelo, se tiver onde ou como buscar os números de vítimas no trecho BH-João Monlevade (o de óbitos na estrada eu tenho, não tenho o de óbitos nos hospitais e nem o de feridos gravemente no total), eu agradeço muito. Vou acabar deixando estes números fora, porque não acredito em chutar estatísticas para algo tão sério. Obrigado pela oferta!
Célio,
Você chegou a dar uma lida nos documentos que postei no meu blog? Embora eles não tratem especificamente da 381, são a prova cabal de que o governo conhece os dados.
No Datasus, realmente, não se consegue localizar os dados. Talvez diretamente com a Gerencia regional de Itabira, mas sem analisar as contas hospitalares, não dá para localizar.
Existe alguns códigos de CID 10 que são preenchidos para comprovar a lesão por veículo Automotor, mas não específico de algum trecho de BR.
Já quebrei a cabeça tentando minerar estes dados, mas o que cheguei é a um custo médio de internação na faixa de R$3.800,00
Infelizmente, minerar estes dados não é fácil como pensei anteriormente, porque eles estão amarrados demais, e sem a origem correta, fica difícil identificar.
Abraços
Henriques
Caro Amigo José Henriques,
as Seguradoras devem ter estes dados, atualizados, e creio que os valores sejam maiores que o que você cita, haja visto os valores que são cobrados e dos "prêmios" pagos. É um bom referencial.
Celinho, vou tentar, ao máximo, buscar estes dados, o mais fidedígnos possível, e mesmo, que seja como um adendo posterior, podemos enviar para anexá-los ao dossiê, ampliando e fortalecendo os dados.
Abraços aos dois.
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