quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Mais uma para cair no vazio

Isso mesmo, gente. Mais uma ideia, porque elas tem que continuar nascendo. Nem que seja para, após uma análise cuidadosa, ser declaradas impraticáveis, inúteis ou mesmo nocivas. Mas tem que continuar nascendo, porque um país só morre de verdade quando começam a minguar as ideias, sejam boas ou ruins.

Hoje de manhã peguei um ônibus coletivo. Primeiro porque precisava mesmo, e segundo porque só posso falar daquilo que vivencio. A primeira coisa que me chamou a atenção foi que o cobrador usava fones de ouvido. Péssimo sinal. Isso indicou que ele não estava ali para dialogar com os passageiros, clientes do serviço. Estava ali para realizar seu trabalho mecânico num mundinho isolado e particular. Para uma empresa que é concessionária de um serviço que atende ao coletivo social, nada pior do que ter um colaborador seu passando este tipo de mensagem quase explícita.

A segunda coisa que me chamou a atenção é que o motorista passou pelo sinal vermelho, esquina de Wilson Alvarenga com Rua do Andrade, de um jeito que eu nunca teria coragem de fazer. Ele estava ali no seu mundinho mecânico e particular, etc. etc. etc.

A terceira coisa que me chamou a atenção é que estes problemas, como quase todos os outros, possuem caminhos e soluções. Um ideia seria instalar som ambiente nos coletivos. Um aparelho tocador de mp3, quatro falantes e alguns metros de fio seriam mais do que suficientes. O gasto total ficaria em uns 200 reais por ônibus.

Num pen drive acoplado ao aparelho de som, música de qualidade e música popular, contanto que não fossem os batidões de enlouquecer, promoveriam aquela sensação de relaxamento e de bem estar tão funbdamentais no cotidiano das pessoas. Intercaladas com mensagens de utilidade pública variadas, seriam um mecanismo eficiente de comunicação a um grande número de pessoas. (atenção: Risco extremo, se utilizado para interesses escusos que não fossem a utilidade pública e institucional, tanto da empresa quanto do Executivo).

Trocaríamos um problema por uma melhoria enorme na qualidade de vida do usuário de transporte coletivo em João Monlevade. Isso eliminaria o fone de ouvido dos cobradores, o que lhes permitiria escutar o que o passageiro tenha a dizer. Talvez eliminasse parte do estresse dos motoristas, permitindo que a espera nos sinais vermelhos fosse uma pausa para curtir ainda melhor aquela música gostosa ou aquele recado importante. talvez até impedisse que alguns resolvessem mesmo é passar no sinal vermelho a um custo e a um risco muito grandes.

Quem sabe isso não justificaria até o precinho bacana da passagem que vem por aí?

Fica a ideia, para ser discutida e dialogada. Caso implementada na prática, favor citar a fonte. Aproveitar o trabalho intelectual de terceiros, sem citar-lhes o mérito, é indicativo de um caráter mesquinho...

2 comentários:

Breno Eustáquio disse...

Em Monlevade faltam planejamento de horários de ônibus (que poderiam baratear a passagem com a redução de horários e trajetos desnecessários) e conforto, como carros com ar condicionado e funcionários gentis e treinados para lidar com a população.

Monlevade tem uma das passagens mais caras do Brasil. Perde só pra SP. Pegue um ônibus em Ipatinga, onde a passagem custa R$2,60 e sinta a diferença.

Breno Eustáquio.

Anônimo disse...

Pois é Breno, concordo contigo. Sou membro do CMT, e defendo demais essa causa e outras relacionadas à diminuição da tarifa de ônibus, vou levar essa sugestão novamente à mesa de discussões, eu tenho essa ideia na cabeça, mas confesso que para aplicá-la é um pouco difícil, mas viável de ser adotada.