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terça-feira, 22 de maio de 2012

100000 visitas e um funeral


Pronto. Chegou o fim do Drops de Sanidade com a marca de 4 anos de existência e cerca de 100000 visitas. A experiência me enriqueceu e me depurou, deixou marcas profundas na minha pessoa e uma gratidão imensa, por todos que participaram aqui de alguma forma.

Mas é hora de seguir em frente, porque eu já não tinha nada novo a apresentar. Estava me repetindo como um macaco de circo. Rindo das mesmas piadas. Fazendo de conta que havia algo novo, onde o que mais salientava era um certo mofo de repetição. 

Tipo o "vale a pena ver de novo" das tardes que eu não posso acompanhar, por causa do trabalho. Deixo para vocês um certo alívio. Minha mesmice não vai mais incomodar, nem a mim mesmo. Deixo para trás um bocado de vida virtual e vou viver é com pessoas, porque elas é que fazem diferença. O resto só nos anestesia a fé e nos faz perder o foco.

Coloco-me à disposição de todos os colegas blogueiros para escrever qualquer coisinha em seus espaços, à convite e sem qualquer compromisso ou vínculo de propriedade. Inclusive coloco à disposição de todos os que quiserem a administração do Drops, se houver interesse. Embora seja desnecessário, porque nunca usei o conceito de copyright e não vou apagar nada, juro que gostaria de ver um outro olhar sobre as coisas que eu olhei por aqui. É o apego que tanto nos prejudica, acho, fazendo das suas.

Nos vemos por aí, gente. Em carne e osso, que é algo muito mais humano. Um enorme abraço a todos vocês que ajudaram a construir este espaço.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

E motivos para ter o SEVOR

Não faltam. Hoje mesmo foram dois atropelamentos. Amanhã serão quais necessidades? Dói muito no peito de quem gosta de Monlevade observar a que ponto de indecência a gente pode chegar.

Eu sou um dos que consideram o trabalho do SEVOR de uma solidariedade fenomenal. Trata-se de pessoas que doam seu tempo à cidade. E tempo, nos dias de hoje, é um bem muito precioso.

Então estamos lidado com pessoas que doam o que tem de muito precioso, para gente como nós. Que não sabe sequer reconhecer este fato.

É, pessoal... Vamos lembrar: às vezes alguém é tão pobre, mas tão pobre, que a única coisa que tem ou que almeja buscar é dinheiro.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Deixar queimar?

Estamos brincando com a vida dos outros. Estamos desligados de nossa solidariedade. Estamos nos lixando para o futuro político que nos aguarda ali na esquina. Daqui a pouco iremos decidir que rumo a vida de todos nós vai tomar em breve. E estamos "nem aí" para isso.

Quando se vive com padrão de classe média tudo isso é irrelevante? E os outros irmãos de cidadania, mas desprovidos de chances?

Quem acompanha o Blog sabe que sou contra o assistencialismo barato. Mas existe o amparo necessário, cuja ausência determina o fracasso antecipado, ou de uma existência mais digna. E na maioria das vezes este amparo deve mesmo vir do setor público.

Pessoas são pobres - financeiramente falando - por uma série de motivos. Entre esta série de motivos está também a falta de oportunidades. E não se deve enxergar essa pobreza como uma doença humana. É doença social e só pode ser amenizada ou curada com muito profissionalismo.

Vamos procurar uma organização social diferente, este ano? Ou vamos deixar tudo correr como corre, porque afinal de contas não vai faltar dinheiro para pagar nossas contas, mesmo?

Quando a gente contribui para a terra queimar e ficar arrasada, não tem o direito de reclamar depois quando ela não germina as sementes plantadas.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

De alma suja

Foi assim que me senti, hoje. Após ler o magnífico texto de Tó Vilela no suplemento especial "Os dois manés" eu me vi ali, dentro da história.

Eu me vi marionete do Bené, eu me vi marionete do Zé. Eu me vi preparado para satirizar os dois, quando a verdade veio como uma pancada de tronco de árvore no peito: éramos três Manés. O mais Mané de todos três, claro, era eu.

De alma suja. Porque deixei que uma hora o Zé, outra hora o Bené, os dois me engambelassem como se estivessem tomando doce da boca de criança. O maior Mané do mundo estava naquele texto, e era eu.

De alma suja, porque me orgulho de ser "intelectual", "letrado", "vivido"... E bobo de uma corte de reis zombadores: uma hora o Zé, outra hora o Bené... E o Manezão aqui aplaudindo tudo ou vociferando contra tudo, mas sem pensar muito bem nos porquês.

Três Manés. Com certeza Tó Vilela nos deu o maior presente que poderia. Agradeço ao Jornal A Notícia pela chance de poder entender esse presente. E pela chance de lavar a alma.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Nossa capacidade de inverter

Estou preocupado com o desfecho que as greves de policiais devem ter no Brasil. É quase certeiro que os colegas sejam tratados como bandidos, ou como se análogos a bandidos fossem. A reflexão tem que ser mais profunda.

Um dia a sociedade terá que escolher se abraça a profissão e a causa, arriscando-se a tomar um belo coice de chumbo no nariz por ela mesma, ou se define em um seminário técnico, sério e suprapartidário, que política de segurança se aplica ao Brasil de agora. E, claro, ao Brasil do futuro.

Nossa capacidade de inverter pautas é enorme e amoral em sua ganância. Já invertemos a pauta dos educadores e agora estamos para inverter a pauta dos profissionais de Segurança Pública. Daqui a pouco serão os profissionais da saúde. Mais para a frente, quem virá para ser o demônio da vez?

O Brasil opta pelo atraso. Quase sempre o atraso é que pontua nossas ações, como os ponteiros do relógio são confundidos com as horas. Para a Segurança Pública, essa equação não fecha mesmo. O simples contato direto e diário com o chorume da sociedade faz do policial um pólo perigoso: a partir de um determinado índice de segregação social que sofra, ele tende a enxergar cada vez menos a distância entre o poder do Estado e o estado de poder.

E são duas coisas completamente diferentes. Uma vem da organização do país por si mesma. Outra vem da organização paralela que o crime tem oportunidades de montar em nosso meio. Que Deus nos acuda se as escolhas não forem muito bem feitas.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Para refletir

É fundamental lembrar que seu dinheiro só serve para adquirir as coisas que tem preço. Para aquelas que tem valor, sua dignidade é a única moeda possível.