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terça-feira, 15 de maio de 2012

Educação de Monlevade em destaque

Sempre é bom ver que o trabalho árduo está sendo reconhecido. Saber que Monlevade está bem posicionada em qualquer ranking nacional de Educação tem mais é que nos fazer orgulhosos. E a Revista Veja traz, esta semana, uma notícia muito boa neste sentido.

Parabenizo de antemão aos bons professores de João Monlevade. sem eles, nada disso estaria acontecendo. E vou aguardar para ler a matéria completa, porque já observei movimentos que buscam a "paternidade" exclusiva desse filho bonitão e saudável. Somente depois disso vou elaborar uma postagem sobre o assunto.

Minha experiência de vida está me ensinando a ser cauteloso quando o assunto é dar a César o que é, definitivamente, de César.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Nossa capacidade de inverter

Estou preocupado com o desfecho que as greves de policiais devem ter no Brasil. É quase certeiro que os colegas sejam tratados como bandidos, ou como se análogos a bandidos fossem. A reflexão tem que ser mais profunda.

Um dia a sociedade terá que escolher se abraça a profissão e a causa, arriscando-se a tomar um belo coice de chumbo no nariz por ela mesma, ou se define em um seminário técnico, sério e suprapartidário, que política de segurança se aplica ao Brasil de agora. E, claro, ao Brasil do futuro.

Nossa capacidade de inverter pautas é enorme e amoral em sua ganância. Já invertemos a pauta dos educadores e agora estamos para inverter a pauta dos profissionais de Segurança Pública. Daqui a pouco serão os profissionais da saúde. Mais para a frente, quem virá para ser o demônio da vez?

O Brasil opta pelo atraso. Quase sempre o atraso é que pontua nossas ações, como os ponteiros do relógio são confundidos com as horas. Para a Segurança Pública, essa equação não fecha mesmo. O simples contato direto e diário com o chorume da sociedade faz do policial um pólo perigoso: a partir de um determinado índice de segregação social que sofra, ele tende a enxergar cada vez menos a distância entre o poder do Estado e o estado de poder.

E são duas coisas completamente diferentes. Uma vem da organização do país por si mesma. Outra vem da organização paralela que o crime tem oportunidades de montar em nosso meio. Que Deus nos acuda se as escolhas não forem muito bem feitas.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Discordo, mas respeito

Hoje o jornal A Notícia publicou um direito de resposta determinado pela Justiça local. Discordo, mas respeito a decisão do Judiciário. Para os que possuem boa memória, é a mesma discordância que tive quando o Judiciário local condenou Gustavo Prandini por captação irregular de recursos de campanha, uma situação que ainda hoje se arrasta por alguma gaveta lá em Brasília.

A Democracia é justamente o respeito às diferenças. O que espanta no Brasil é a disparidade de tratamentos que o Estado possui. Qualquer governo pode quase tudo, mesmo quando a legislação é clara. Por exemplo, a Lei Orgânica de João Monlevade proíbe o nepotismo e a irmã do Prefeito exerce cargo de confiança há tanto tempo quanto ele. Coisas de Brasil...

Discordo, mas respeito a decisão do Judiciário, porque meu senso de Democracia não é movido a decorar palavras lidas em qualquer pedaço de papel. Meu senso de Democracia foi forjado numa luta insana para ser humano, num mundo em que tantos se contentam em ser apenas gente.

E fica mais um registro de trapalhada: o Direito de Resposta requentou um assunto que há muito estava congelado, de tão frio: o fato de que enquanto os professores lutavam bravamente por sua dignidade salarial mínima (prevista em Lei) o Prefeito Municipal (e não o cidadão, porque a vida pessoal deste não interessa a ninguém) curtia férias na Europa.

Vida pública, quando assumida com compromisso e zelo, transforma o cidadão em um servidor da sociedade inteira. Portanto, coisas muito naturais como viajar para onde se quer e quando se quer, são sublimadas na enorme responsabilidade de interferir com a vida pessoal de milhares. Mas há gente que não consegue entender este fato.

Ainda bem que acaba ali por Dezembro. Com respeito e com toda a minha discordância.


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O advogado é pilantra?

Rompa o contrato. Assim é que funciona em todo e qualquer lugar civilizado do mundo. E deve funcionar também para o Poder Público, advogado dos direitos coletivos de uma sociedade. Se o poder público é useiro e vezeiro em desrespeitar as leis, se ele acredita que está acima do Bem e do Mal, rompa o contrato. Porque se ele fizer isso é pilantra.

O que é público não pode ser motivo de transigências ilegais. Não se negocia com o infrator da Lei. Pune-se para que ele se reeduque à força, já que não se educou por espírito de boa vontade ou por ser portador de boa índole.

E quando o Poder Público não fiscaliza, não controla o que é de sua obrigação, não pune e, o que é pior, junta-se aos infratores, perde toda a sua autoridade moral e ética para cobrar responsabilidades alheias. Cria um território selvagem e propício à Lei do Mais Forte, esmagando aos mais fracos.

Rompa o contrato. Sua cidadania não pode ser negociada por quem não possui o estofo de caráter para fazer isso. Nem pelo bem próprio, nem pelo pretenso bem alheio. É a essa atitude de romper o contrato ilícito e amoral que se dá o nome de dignidade e ética.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sugestão de adesivo


Humildemente sugiro ao SETTRAN de João Monlevade a adoção de um adesivo que informe sobre as deficiências temporárias, das quais o cidadão pode ser acometido. Não me parece impossível ou difícil distribuir este adesivo entre as clínicas de reabilitação fisioterápica, por exemplo, para que sejam preenchidos em sua validade. 

Ao término do tratamento, o adesivo não estará mais válido e será recolhido pela própria clínica que o entregou ao paciente. Ou ao motorista que está auxiliando no transporte do paciente. Esta é uma medida de justiça social, porque o agente de trânsito, ao observar um veículo de auxílio aos portadores de deficiência temporária (em tratamento) que não esteja adesivado, vai lavrar uma Notificação de Infração de Trânsito.

E nem todos os cidadãos que precisam de fisioterapia vão ter condições de dirigir. A maioria deles não terá. Nem todos são habilitados ou possuem carro, e muitos vizinhos são desencorajados de prestar este importante auxílio porque não há a garantia de vaga defronte às clínicas, para estes casos.

A Câmara Municipal pode ajudar, também. Mediante o diálogo necessário, um projeto de Lei Municipal neste sentido parece também simples de concretizar. Vamos incentivar a solidariedade sem gerar punições injustas a quem se solidariza com o sofrimento alheio. Nossa cidade precisa dessas iniciativas.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Em memória de Hilário Moutinho

Pouco antes de evoluir para um estágio maior que o nosso, Hilário postou uma mensagem de ânimo de de valorização da solidariedade em sua página do Facebook.

"Democracia é oferecer a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada isso depende de cada um".

Ele não conseguiu alcançar o seu ponto de chegada, mesmo com toda a movimentação de formiguinha que muitas pessoas estão tentando há anos. Quando eu fui criticado aqui mesmo no Blog, por dizer que meu trabalho me causava muito sofrimento, estava falando desta realidade.

Somente quem perde uma pessoa amada na 381 consegue medir a dor que vem daí. Todos os dias alguém fica indignado e sofre. Nosso maior medo é o de que, um dia, as pessoas já não se preocupem mais em ficar indignadas. Este sofrimento é desumano, injusto e cruel. Não merecemos e não queremos, mas também já não sabemos mais o que fazer para mudar essa história.

Não é o país que sonhamos para nossos filhos, com certeza. E nem é necessário dizer que lembrar da rodovia e do descaso quando perdemos alguém é manter viva alguma chama de revolta. Quando não fizermos isso mais, o sistema terá ficado mais importante que as pessoas. É isso que ele quer. É isso que não podemos deixar acontecer.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Vai faltar luz no fim do túnel

Há uma discussão em andamento no Brasil que dará um tiro no pescoço das Prefeituras Municipais. Trata-se do  repasse do sistema de iluminação pública para a manutenção por parte delas. Esta manobra, que só teria vez no mais atrasado dos mundos, vai caminhando quase sem alarde por aí.

Desanimei de pensar o Brasil como um lugar honesto para se viver. Quer dizer então que o setor elétrico, dominado por companhias já multimilionárias, quer repassar o setor que gera gasto para as Prefeituras? A manutenção da rede de iluminação pública é o único fator de risco e de responsabilidade social deste negócio.

Transferir este encargo para o combalido cofre das Prefeituras Municipais é um deboche sem tamanho, uma canalhice sem igual na história do país. Entretanto, poucos são os Prefeitos que estão se movimentando para impedir esta ideia horrenda de sair do papel.

Um exemplo de que me lembre é dado pelo José Maria, de Dom Silvério, que inclusive organizou um encontro com a CEMIG, há pouco tempo, para esclarecer esta questão melhor. Tomara que outros tomem a mesma atitude, porque depois que o gasto surgir no horizonte não vai adiantar nada apelar para o esperneio.

De forma bizarra, as Prefeituras poderão "contratar" as concessionárias de energia elétrica para efetuar os serviços de reparo, pagando por eles é claro. Se alguém aí não entendeu direito, eu explico: como o serviço de manutenção e reparos da rede pública á caríssimo e especializado, nenhuma Prefeitura tem o quadro de profissionais minimamente capacitado para executá-lo. Ficará assim: o gasto, que hoje é suportado pelas concessionárias, será transferido para as prefeituras.

Elas, que não possuem capacitação técnica, terão que contratar uma empresa. E Adivinhem quais empresas serão contratadas? Isso mesmo, as concessionárias de energia. Boniiiiito, Brasil... O que hoje é gasto para as empresas amanhã será fonte de renda. E quem pagará mais, no final das contas? Isso mesmo, nós, os otários que contribuem e são tarifados até a alma.

Vamos ver se aparecem homens de verdade nessa hora, nos cargos públicos, para nos defender dessa bandalheira. Agora peço licença a vocês, vou ali vomitar um pouco.

Um cofre em movimento

Ontem, parei por uns vinte minutos na esquina da Rua Armando Batista com a Av. Getúlio Vargas, ali em frente ao Ulete Mota. O que vi foi de arrepiar, em matéria de desrespeito à legislação de trânsito. De cada seis motoristas que cruzaram o meu caminho, um estava falando ao celular. Observei três invasões de sinal vermelho,  bem como várias paradas irregulares em fila dupla e em local proibido.

Nem vou falar do estacionamento ilegal, já que esta realidade todo motorista da cidade conhece bem. Estacionar no Hipercentro virou cruzada contra a leviandade dos outros. Vou deixar de lado as motocicletas sem placa e os ambulantes de tudo que se possa imaginar vendendo sem controle sanitário algum, ou sem controle fiscal algum.

E neste ponto, me pergunto: o que eu faria se fosse o gestor desta realidade? Avanço na dúvida: o que eu faria se estivesse já com a popularidade mínima e com o caixa idêntico? Estas perguntas viriam após eu me perguntar qual seria o meu real papel na figura de Gestor Público, muito antes de eu me perguntar qual seria o meu papel como animal eleitoral. Eu entendo que os dois convivam num mesmo corpo e espírito, é lógico.

Mas um deve sobrepujar ao outro. Não preciso dizer qual dos dois tem que ser mais relevante. E o hipercentro comercial é um cofre em movimento, assim como é também um mar de irresponsabilidade e de anticidadania.

Zé Henriques possui a mesma inquietude que eu: porque não há fiscalização efetiva? Será pelo fenômeno nacional da bandalheira, que faz com que os brasileiros não saibam viver num país civilizado e obediente às leis? Será comodismo ou oportunismo eleitoral possível? Será pela crença de que o que temos é que está correto?

Para um Executivo que não tem dinheiro nem índole moralizante, este fenômeno não quer dizer nada. Para mim, seria a redenção absoluta: o caixa estaria fortalecido, a educação cidadã estaria fortalecida e os votos perdidos nesta ação moralizante estariam mais do que compensados, pelos votos obtidos entre quem gosta das coisas corretas.

E votos tem peso. E preço. Uma história de vida ética e decente tem peso, mas não tem preço que possa pagá-la.

P.S - Não existe fúria de arrecadação onde existe fúria de transgressão à Lei. Fúria arrecadadora vem de taxas, enquanto a arrecadação que advém da educação forçada é apenas a justa punição dos vagabundos éticos que enchem nossas ruas.