terça-feira, 22 de maio de 2012

100000 visitas e um funeral


Pronto. Chegou o fim do Drops de Sanidade com a marca de 4 anos de existência e cerca de 100000 visitas. A experiência me enriqueceu e me depurou, deixou marcas profundas na minha pessoa e uma gratidão imensa, por todos que participaram aqui de alguma forma.

Mas é hora de seguir em frente, porque eu já não tinha nada novo a apresentar. Estava me repetindo como um macaco de circo. Rindo das mesmas piadas. Fazendo de conta que havia algo novo, onde o que mais salientava era um certo mofo de repetição. 

Tipo o "vale a pena ver de novo" das tardes que eu não posso acompanhar, por causa do trabalho. Deixo para vocês um certo alívio. Minha mesmice não vai mais incomodar, nem a mim mesmo. Deixo para trás um bocado de vida virtual e vou viver é com pessoas, porque elas é que fazem diferença. O resto só nos anestesia a fé e nos faz perder o foco.

Coloco-me à disposição de todos os colegas blogueiros para escrever qualquer coisinha em seus espaços, à convite e sem qualquer compromisso ou vínculo de propriedade. Inclusive coloco à disposição de todos os que quiserem a administração do Drops, se houver interesse. Embora seja desnecessário, porque nunca usei o conceito de copyright e não vou apagar nada, juro que gostaria de ver um outro olhar sobre as coisas que eu olhei por aqui. É o apego que tanto nos prejudica, acho, fazendo das suas.

Nos vemos por aí, gente. Em carne e osso, que é algo muito mais humano. Um enorme abraço a todos vocês que ajudaram a construir este espaço.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Para refletir

Nenhum povo que procura a ruína pode suportar a convivência com o respeito e com a legalidade.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Vala aberta no República

Ainda não descobri se o Mandado de Segurança é o meio correto de buscar uma solução para a voçoroca que toma conta da Rua Padre José de Anchieta. Mesmo não sendo jurista, acho que a situação encontra os requisitos de plausibilidade e admissibilidade exigidos para o fato. Mas posso estar equivocado.

Ainda assim sei que o Ministério Público, mediante a apresentação dos fatos concretos, é competente para impetrar a devida Ação Civil Pública, visando resguardar o direito dos monlevadenses de trafegar com segurança pelas vias públicas da cidade.

Considero uma tristeza sem fim ter que apelar para outras instâncias, mas não vejo o Executivo Municipal se empenhar em corrigir um fato que está gerando perigo para muitos. Quando um veículo despencou dentro da última cratera aberta pelas chuvas na Rua Padre José de Anchieta, todos nós entendemos que se tratava de uma fatalidade causada pela ação da natureza. Mas e agora?

A vala aberta pelo DAE está ficando mais profunda. Já está difícil fazer a conversão para acessar as ruas transversais, além de estar ficando perigoso porque os veículos que descem o morro o fazem em alta velocidade.

Melhor a tragédia de apelar à Justiça agora que correr o risco de uma tragédia irreparável mais tarde.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Amor é chuchu no muro


Monlevade é assim mesmo. Quando a gente está desanimado ou desapontado, ou mesmo com raiva dela, surge sempre alguma oportunidade de renovar o carinho e o amor que temos.

Olha aí um exemplo bacana: na Rua Progresso, o chuchu e o "ora pro nobis" estão ali, numa culinária que não precisa de jeito nenhum ficar em cima do muro, mas está. Deve ser pela falta da costelinha de porco...

Amor é isso mesmo: uma coisinha de nada, um tantinho de saúde como dizia Guimarães Rosa. Até o chuchu no muro pode traduzir o sentimento, quando há a vontade de amar.

E vamos amando essa terra. Ao contrário de alguns de seus homens, ela merece muito ser amada e admirada.

Jesus amado!

As 15 piores capas de discos de todos os tempos : GQ:

Quem aí se lembra de algumas capas de disco que faziam o cabelo arrepiar? Pois é... No link ali de cima estão 15 das mais toscas que o GQ encontrou. Confesso que já vi semelhantes em ruindade, mas piores fica mesmo difícil.

Porém, como dizia o filósofo, "a beleza está nos olhos de quem vê..."

Só na Justiça?

Quando o DAE-João Monlevade abriu uma vala na Rua Padre José de Anchieta, no Bairro República (para instalar a tubulação que levaria água até a caixa d' água) eu já sabia que a vala iria ficar como uma lembrança do feito histórico. Mas não imaginei que seria por tanto tempo.

Hoje, para acessar a minha rua, estou tendo que travessar a voçoroca em que já se transformou a maldita vala aberta e ainda não fechada. Se fosse só pelo prejuízo que isso está causando nos carros, tudo bem. Bens materiais são apenas isso.

Mas existe um risco muito maior: pela profundidade atual da voçoroca, já estamos tendo que diminuir muito a velocidade para fazer a conversão de acesso à Rua Café filho, e isso está colocando em risco nossas vidas. Porque a Padre José de Anchieta é ladeira e o pessoal não desce a 40 km/h. 

Minha esposa está correndo risco de morrer, meus vizinhos estão correndo risco de morrer, eu estou correndo risco de morrer por causa da voçoroca no asfalto. Não estou vendo outra alternativa senão a de impetrar um Mandado de Segurança contra a Administração Municipal, pelo nosso direito de não morrer devido a um erro primário e estúpido, além de recorrente e antigo. 

Mas deve existir algo muito mais importante na pauta de serviços, claro. Talvez tomar para si o resultado educacional de 2009, estrela da VEJA, que é fruto da tradição monlevadense de bem ensinar desde 1973, que é quando eu entrei na escola D. Jenny Faria e obtive uma educação de muito valor. Viva-se com um barulho desses!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Educação de Monlevade em destaque

Sempre é bom ver que o trabalho árduo está sendo reconhecido. Saber que Monlevade está bem posicionada em qualquer ranking nacional de Educação tem mais é que nos fazer orgulhosos. E a Revista Veja traz, esta semana, uma notícia muito boa neste sentido.

Parabenizo de antemão aos bons professores de João Monlevade. sem eles, nada disso estaria acontecendo. E vou aguardar para ler a matéria completa, porque já observei movimentos que buscam a "paternidade" exclusiva desse filho bonitão e saudável. Somente depois disso vou elaborar uma postagem sobre o assunto.

Minha experiência de vida está me ensinando a ser cauteloso quando o assunto é dar a César o que é, definitivamente, de César.

Esclarecendo...

A postagem anterior tem uma razão de ser. No ano passado e neste ano, a tarifa de transporte público passou por congelamentos de preço. Somados, os meses de congelamento chegaram a 10, até agora.

Não sou auditor contábil. Admito o fato. Mas tudo que aguenta 10 meses de congelamento, em 15 meses possíveis, tem que estar com uma enorme gordura para queimar no início. Traduzindo, tem que estar caro pra caramba ou o empresário quebraria rapidinho.

Como os funcionários da empresa não estão com essa bola toda na hora de receber reajustes salariais, essa discussão sobre o real custo do transporte público e o real valor da tarifa passou da hora de acontecer. Porque eu posso ter o luxo de não precisar de ônibus, mas milhares de monlevadenses precisam dele com preço justo.

Tarifa de ônibus em JM


Estou especulando, o que quer dizer que posso estar equivocado. Mas tenho algumas dúvidas severas, quanto ao real custo de operação que está estampado na planilha no transporte público de João Monlevade:

1 - Como é calculado o valor de insumos essenciais? Ex. problema = preço do pneu. Vamos pensar num valor médio de R$ 1.250,00 que não é fora da média de preços. Ele não deveria ir para a planilha com este preço, pelo simples motivo de que frotistas compram às centenas, com preços cerca de 30% mais baixos. Se vai para a planilha o valor original (1250) eis uma distorção bancada pelo usuário.

Ex. problema = Quanto duram estes pneus no cotidiano? Se não forem marcados no início de sua vida útil e se não for controlada sua durabilidade, eis outra distorção econômica bancada pelo usuário. Podem durar 80.000 km e ser declarado que rodaram 60.000 km até a hora de reformá-los.

Ex. problema = Qual o real consumo médio da frota? Como não são utilizados tacógrafos digitais selados, a população não tem como fazer este cálculo com exatidão. Mais distorção econômica que pode estar indo para a planilha.

2 - Como é calculado o valor de insumos secundários? Ex. problema = número de gratuitades efetivamente atendidas/dia. Termos 5000 usuários cadastrados e autorizados a usufruir de gratuitade não significa que 5000 pessoas usam deste benefício todo dia. Se o número for menor, distorção econômica a ser bancada pelos usuários pagantes do sistema.

Ex. problema = Oficina mecânica. Se a empresa tem mecânicos em seu quadro de funcionários, o custo já estará embutido em folha salarial. Se a planilha prevê remuneração de oficina, mais distorção econômica a ser bancada pelos usuários.

Ex. problema = durabilidade de peças de alto valor. Cálculo semelhante ao da durabilidade dos pneus.

3 - Por que a planilha de custos não é entregue à sociedade para uma auditoria ampla? Sem ela em mãos, tudo que João Monlevade pode fazer é especular sobre os custos reais x custos declarados. E especular nunca foi o melhor caminho para haver justiça social ao lado da justiça de remuneração do prestador de serviços.

Nãos nos discutimos enquanto um lar para todos. sequer nos discutimos enquanto cidade. Isso torna tudo muito mais difícil - e caro - para todos.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Futuro a gente busca

Tive uma oportunidade boa de conhecer as pessoas que estão tentando reerguer e manter o Conselho Comunitário de Segurança Pública, hoje pela manhã. Ótimo encontro, e eu espero poder participar de todos os que virão com o pouco que tenho para contribuir.

O caminho nunca é fácil, mas não dá para esmorecer. Futuro é algo que a gente tem que buscar, ou ele acontece do jeito que quiser. Espero que, em breve, João Monlevade possa contar com um bom Conselho de Segurança Pública, estruturado e com poder de decisões e investimentos pontuais.

Porque, em matéria de Segurança Pública, nada é supérfluo.